quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Agricultores Familiares exigem instalação efetiva de mesa de mediação para conflitos agrários no Estado

Em uma reunião na tarde desta segunda-feira (18), agricultores familiares e representantes da Fetraf-Sul, exigiram dos ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo e do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, a instalação imediata da mesa de mediação para os conflitos agrários no Estado. A reunião ocorreu na sede da Polícia Federal em Porto Alegre e o deputado estadual, Altemir Tortelli participou do encontro que durou cerca de três horas que também contou com a presença do Secretário Estadual de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Ivar Pavan; a presidente interina da Funai, Maria Augusta Assiratti; o coordenador de Política Agrícola da Fetraf Brasil, Celso Ludwig; o coordenador da Fetraf-Sul, Rui Valença e a coordenadora da Fetraf RS, Cleonice Back.
O Ministro da Justiça garantiu que a mesa de mediação entre as partes será instalada o mais rápido possível e que inicialmente se propõe que seja feita uma mesa de negociação por Estado (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná). No Rio Grande do Sul o primeiro caso a ser discutido será de Sananduva, já que o início da demarcação das terras, previsto para iniciarem no último dia 11, está suspenso. No Estado de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, aproximadamente 28 mil famílias estão ameaçadas de perder suas terras.
O coordenador da Fetraf-Sul, Rui Valença afirmou que existe a possibilidade do Estado comprar uma área de terra próxima ao local e reassentar os índios nessa nova localidade. “Com isso poderíamos deixar os agricultores em suas propriedades e os índios teriam seu direito garantido”, afirmou.
Uma das maiores preocupações dos agricultores envolve o tema da segurança em Sananduva e região. Lideranças relataram que a cada dia é mais tensa a relação entre índios e agricultores, inclusive com relatos que de índios que ocupam propriedades de agricultores, estão cobrando arrendamento para que os proprietários façam suas colheitas e plantei para próxima safra e ameaçando queimar plantações caso não recebam por isso. “Nos somente queremos trabalhar em paz”, desabafam os agricultores.
Com vistas nessa situação foi reivindicado que o Governo Federal e Estadual garantam a segurança de todos com a instalação de um efetivo permanente que possam dar garantia de vida e tranquilidade para agricultores e índios. “É preciso que os governos tenham ciência da situação de conflito posta em Sananduva e da necessidade de intervenção imediata na garantia de segurança no local. Não podemos esperar acontecer mais tragédias para intervirmos”, lembra Tortelli.

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