Rio Grande do Sul é um dos alvos da Glasnost
A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta 
terça-feira a operação "Glasnost" para combater a pedofilia em 11 
estados brasileiros. O Rio Grande do Sul é um dos alvos da ofensiva que 
ocorre também em Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, 
Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo. 
Segundo a 
PF, a operação é resultado de dois anos de investigação, que identificou
 quase uma centena de brasileiros envolvidos na produção e no 
compartilhamento de imagens relacionadas à exploração sexual de crianças
 e adolescentes na internet.  Os investigados compartilhavam fotos e 
vídeos de crianças, adolescentes e até de bebês, muitos deles sendo 
abusados sexualmente por adultos, e as enviavam para seus contatos no 
Brasil e no exterior.  Entre os alvos da operação há pessoas de várias 
idades e profissões, incluindo um policial militar, um oficial da 
Aeronáutica, um chefe de grupo de escoteiros e vários professores.
Entre
 os suspeitos já foram identificados três abusadores sexuais. Um deles 
abusava da própria filha, de apenas cinco anos de idade, e compartilhava
 imagens na internet com outros pedófilos ao redor do mundo. Ainda 
conforme a PF, ao longo dos 24 meses de investigações, em todos os casos
 em que foram identificados abusadores, foram tomadas providências 
imediatas, a fim de que os abusos fossem prontamente interrompidos.
Uma
 equipe de agentes que atuam na Glasnost também identificou brasileiros 
residentes nos Estados Unidos. Eles estão sendo investigados com a 
colaboração do FBI. Outros 200 suspeitos continuam sob investigação.
Cerca
 de 400 agentes participam para cumprir cerca de 80 mandados de busca e 
apreensão, além de 20 medidas de condução coercitiva e pelo menos um 
mandado de prisão preventiva. Todo o material coletado durante o 
cumprimento dos mandados de busca será periciado e analisado a fim de 
que sejam identificados abusadores e produtores de material pornográfico
 infanto-juvenil, podendo servir ainda de base para o início de novas 
investigações.
O nome da operação, “Glasnost”, é um referência ao
 termo russo que significa transparência. A palavra foi escolhida porque
 a maior parte dos investigados utilizava servidores russos para a 
divulgação de imagens de menores na internet e para realizar contatos 
com outros pedófilos ao redor do mundo.
Fonte:  Correio do Povo 
     
     
     
Postado por:Elisete Bohrer
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