quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Conheça seis erros que devem ser evitados ao escovar os dentes

Especialista explica por que uma escovação malfeita pode comprometer a saúde bucal

Por mais que os cirurgiões-dentistas reforcem sempre a importância de uma boa escovação dental para a saúde geral da população, são poucos os adultos e crianças que fazem uma perfeita higiene dos dentes e da boca. De acordo com o dentista especialista em saúde da boca Artur Cerri, a correta higiene dos dentes e da gengiva é um ponto crítico para toda a saúde bucal.

— Mesmo quem escova os dentes no mínimo duas vezes por dia não está livre de doenças se essa tarefa não é realizada de maneira adequada. A cárie é a principal delas, mas a situação pode piorar com o tempo caso não haja uma mudança no padrão adotado. É o caso das inflamações e infecções, que podem, inclusive, migrar para outras partes do corpo — afirma.

A seguir, Cerri aponta os seis principais erros cometidos ao escovar os dentes e ensina a adultos e crianças o que deve ser feito:

Escovar os dentes imediatamente depois de comer

— Logo depois das principais refeições, ou mesmo após comer uma fruta ou um doce, algumas pessoas seguem direto ao toalete para escovar os dentes. Apesar de ser uma atitude louvável — sinalizando que a pessoa se importa com a saúde bucal — vale ressaltar que o ideal é, primeiramente, fazer um bochecho com água para reduzir a acidez e só depois realizar a escovação. Dessa forma, a acidez bucal diminui e a correta higienização é facilitada — protegendo o esmalte dos dentes.

Ser rápido demais ao escovar os dentes

— Infelizmente, ainda tem muita gente que escova os dentes 'por obrigação'. Ou seja, a pessoa compreende a importância desse hábito diário saudável, mas é vencida pela preguiça — e acaba escovando os dentes rapidamente, sem fazer uma boa limpeza. É importante saber que uma boa escovação dental não acontece em menos de dois minutos. As pessoas ficariam surpresas ao saber quanto um minuto a mais de escovação pode fazer pela saúde bucal.

Não dar a mesma atenção a todos os dentes

— É comum pessoas começarem a escovar os dentes com vontade e ir perdendo interesse aos poucos, limpando muito mal algumas partes. Tem gente, inclusive, que só usa fio dental nos dentes da frente. Isso está completamente errado! Dividindo a boca em quatro partes (lados direito e esquerdo, em cima e embaixo), devemos escovar cada parte por pelo menos trinta segundos — sem esquecer de escovar também a língua. Só assim estamos garantindo uma boca saudável, livre de cáries.

Colocar muita força na escovação

— Está certo que um dos propósitos da escovação é remover manchas e restos de comida. Mas não é necessário limpar os dentes como se estivesse polindo prata. Ao aplicar muita pressão na escovação, quem acaba saindo no prejuízo é o esmalte dental, que tem justamente a função de proteger os dentes das bactérias. Além disso, o esmalte é a parte mais clara do dente. O ideal é fazer movimentos circulares, tendo em vista que escovar não significa esfregar com força. Para os que têm dificuldade em controlar a força, uma solução é adotar escovas elétricas com sensores de pressão.

Não enxaguar o suficiente 

—Depois de uma correta escovação, enxaguar a boca é um passo muito importante e que muitas pessoas, por pressa, não dão a devida atenção. Ao lavar bem a boca, o indivíduo se livra de várias partículas, como restos de comida, que poderiam contribuir para a formação das temíveis placas bacterianas. Por isso, vale a dica: enxágue bem a boca antes e depois da escovação, com bastante água limpa e fria.

Descuidar da limpeza e da substituição da escova

— A escova de dente é uma ferramenta fundamental para que seja feita uma perfeita higiene oral algumas vezes ao dia. Por ser bastante requisitada, ela também deve ser devidamente limpa logo após cada escovação para não acumular restos de alimento e se transformar numa colônia de bactérias. Além disso, esse instrumento tão importante para a saúde deve ser substituído por um novo ao menos três vezes ao ano. Existem modelos de escovas que indicam quando sua vida útil está chegando ao fim. O custo-benefício vale muito a pena, já que manter a saúde bucal é fundamental para ter boa saúde geral.

Fonte:BEM-ESTAR
Postado por:Elisete Bohrer
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Bebês já sabem "dialogar" e "negociar" antes de aprenderem primeiras palavras, diz estudo

Estudo acompanhou cerca de 40 crianças com até 13 meses em diferentes relações e contextos

O ser humano é um “ser da linguagem”. Desde o nascimento, e muito antes de aprender a falar, já é capaz de dialogar e de negociar com parceiros – sejam eles adultos ou outros bebês – por meio de olhares, gestos, posturas, vocalizações e outros recursos próprios da idade. Todo o seu corpo é meio de apreensão, expressão e significação.

A análise é da especialista em Psicologia do Desenvolvimento Humano Kátia de Souza Amorim, da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP), ligada à Universidade de São Paulo (USP). A pesquisadora coordenou um projeto de pesquisa com o objetivo de investigar se e como ocorriam processos de significação e de linguagem nos dois primeiros anos de vida.
Amorim coordenou também outra pesquisa outra pesquisa sobre corporeidade e significação em processos desenvolvimentais no primeiro ano de vida.

- Usualmente, tem-se a ideia de que os bebês apenas dormem e mamam e, quando se expressam, tudo não passa de uma descarga emocional. Mas nossos estudos mostram que, na verdade, os bebês desde muito cedo já são capazes de se expressar de maneira culturalmente adequada - disse Amorim.

- Isso não quer dizer que eles entendam os significados das palavras pela cognição, pelo intelecto, mas apreendem seu significado nas relações, dentro do ambiente. Por meio de recursos particulares, percebem o meio e agem sobre ele, sendo capazes de dialogar com o outro, mesmo que em um diálogo mudo - afirmou.

Para chegar a essas conclusões, a pesquisadora e seus colaboradores acompanharam cerca de 40 crianças com até 13 meses em diferentes relações e contextos: casa, creche e instituição de acolhimento (abrigo). A interação dos bebês com familiares, cuidadores e com outras crianças, inclusive pares de idade, foi gravada e posteriormente analisada pelos cientistas.

- O trabalho começou no âmbito de um Projeto Temático coordenado pela professora Maria Clotilde Rossetti-Ferreira, da FFCLRP. Na época, acompanhamos um grupo de 21 crianças que tinham acabado de ingressar na creche mantida pela USP, no campus de Ribeirão Preto. Nosso objetivo era estudar o processo de adaptação dos bebês no ambiente da educação coletiva - disse Amorim.

Nesse período, foram realizadas cerca de três horas de gravações diárias mostrando a interação dos bebês com as mães, educadoras e com as outras crianças. Como os pesquisadores observaram indícios de processos de interação e de comunicação mesmo entre os próprios bebês, foram conduzidas outras pesquisas e construídos os demais bancos de dados e imagens.

- Pudemos observar claramente que os bebês eram capazes de se expressar e, de alguma maneira, compreender o que se passava no entorno. Então, levantamos uma série de questões para estudar a comunicação e a significação antes da aquisição da linguagem oral - disse Amorim.

Dentro das competências comunicativas, acrescentou a pesquisadora, a emoção serve de diálogo sem palavra, representando uma forma de comunicação que abrange todo o corpo do bebê e não apenas o rosto e a voz. Essa emoção muito precocemente passa a ser carregada de intencionalidade, sendo dirigida aos parceiros, com aumento, diminuição e substituição de sinais e tons, além de transformações nos estilos e manifestações.

- Se o choro fosse apenas uma descarga emocional, os bebês agiriam com todos da mesma forma. Mas observamos que eles não choram e não sorriem para todo mundo de maneira igual - comentou Amorim.
Segundo a pesquisadora, a análise dos vídeos mostra que, embora os bebês tenham uma relação preferencial com a mãe, também constroem ligações com outras pessoas – tanto adultos como pares de idade – presentes no contexto. E as relações se dão de forma bastante diferenciada.

- Se há duas educadoras ou duas crianças, por exemplo, o bebê chega a claramente demonstrar preferência por uma delas. Não só interage mais com ela, como os recursos comunicativos são diversos, sendo usados com mais ou menos frequência, além de mudarem com o tempo e as diferentes situações - disse.
- Para nós, isso foi surpreendente, pois mostra o grau de refinamento das habilidades nas relações e a riqueza de competências comunicativas do bebê. De alguma maneira o bebê diferencia não apenas o parceiro como apresenta também formas diversas de se comunicar com ele - avaliou Amorim.

Interação de crianças

De acordo com a pesquisadora da FFCLRP-USP, muitos gestos que hoje em dia são considerados como automáticos ou naturais – decorrentes de maturação biológica – evidenciaram ser, na verdade, construídos nas relações com os parceiros, servindo na regulação do comportamento do outro, constituindo o diálogo com o interlocutor.

Nessas relações e comunicação, em que há troca de significados, verificou-se que há participação ativa da criança, apesar de ela não ser capaz de fazer uso das palavras.

Os comportamentos enunciam problemas, que são dirigidos a alguém e inclusive chegam a antecipar uma possível resposta, desde muito precocemente. O gesto tem ainda uma forma diretamente relacionada à ação no mundo de onde deriva, construindo papéis e formas de ser e de estar no mundo.

O tema é controverso, segundo Amorim, pois para a maioria dos autores a linguagem está relacionada à internalização de signos e à aquisição da fala. Em função disso, muitas pesquisas sobre a linguagem e a comunicação de crianças, segundo Amorim, centra seu foco em faixas etárias acima do final do primeiro ano de vida.

- Porém, reconhecer as competências desde o nascimento permite que se veja o bebê para muito além daquilo que ele virá a ser – adulto oralizado –, destacando o que ele já é - avaliou.
Na opinião da pesquisadora, os resultados do estudo podem contribuir para reflexões sobre a forma como familiares, educadores e demais profissionais compreendem os bebês e como organizam a vida e as relações com a criança, por exemplo, nas creches. Para Amorim, é preciso favorecer ainda mais o encontro e a interação das crianças com seus pares de idade.

- Temos enviado material de divulgação da pesquisa para congressos, creches, cursos de pedagogia e demais profissionais que trabalham com desenvolvimento infantil. Muitos professores se incomodam com o fato de terem de lidar com bebês. Dizem que não se formaram para trocar fraldas. Mas se houver a compreensão de que, na verdade, quando trocam a fralda estão ensinando, aprendendo e se relacionando com alguém que já é capaz de se comunicar, tudo muda - avaliou Amorim.

Fonte: AGÊNCIA FAPESP
Postado por:Elisete Bohrer
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Jornal da Liberddade edição do dia 02 de outubro de 2013.

Alcione

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