Brasil está entre os dez países com maior número de casos de prematuridade, que já representam quase 12% de todos os nascimentos
Neste domingo (17), Dia Mundial do Prematuro, começa em Porto Alegre
uma campanha sobre cuidados especiais necessários com bebês prematuros. A
prematuridade ainda hoje é a principal causa de mortalidade infantil
durante o primeiro mês de vida, de acordo com dados do Ministério da
Saúde de 2011. O lançamento da campanha, que recebeu o nome de “Nascer
Adiantado Não Significa Ficar Atrasado”, será feito na Redenção, às 9h e
continua, a partir da segunda-feira, no Hospital de Clínicas.
Segundo especialistas, são considerados prematuros os bebês nascidos
antes de 37 semanas de gestação. Quanto menor o período de gestação e
quanto menor o peso do bebê ao nascer, maiores são os riscos.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o Brasil está entre os
10 países com maior número de bebês prematuros, que já representam quase
12% de todos os nascimentos — números que colocam o Brasil no mesmo
patamar de países de baixa renda. Em países de renda média, os bebês
prematuros representam cerca de 9 por cento dos nascimentos.
O nascimento prematuro é a causa principal de mortalidade infantil
durante o primeiro mês de vida, de acordo com dados do Ministério da
Saúde (2011). Cerca de 70% dessas mortes ocorrem nos primeiros 28 dias
após o nascimento.
Uma das principais causas de hospitalização recorrente e morte entre
bebês prematuros é a infecção causada pelo vírus sincicial respiratório
(VSR), um vírus sazonal, cuja circulação pode variar de região para
região. Como seus sintomas podem ser confundidos com uma gripe forte,
VSR é erroneamente associado a baixas temperaturas. No Brasil, está
presente durante todo o ano, mas seu pico é entre abril e setembro nas
regiões sul e sudeste. Nas região Norte, circula a partir de dezembro.
Em bebês nascidos prematuramente, ou que sofrem de doença cardíaca
congênita e displasia bronco-pulmonar, o vírus pode dobrar o tempo de
hospitalização ou o tempo em unidades de terapia intensiva. O VSR é
também responsável por constantes hospitalizações e é a principal causa
de internação entre bebês abaixo dos dois anos de idade. Uma das
sequelas mais comum é um chiado no peito recorrente, que pode perdurar
até os 13 anos de idade.
Prevenção
Alguns estudiosos acreditam que as taxas de mortalidade relacionadas
ao VSR, em bebês prematuros, ficam em torno de 5%. Não há tratamento
específico para infecção por VSR, somente prevenção.
Medidas preventivas contra a doença incluem lavar as mãos
frequentemente e sempre antes de tocar o bebê (o vírus permanece nas
mãos por mais de uma hora); evitar aglomerações; lavar sempre os objetos
do bebê (em superfície porosa, o VSR pode sobreviver por cerca de 24
horas); evitar o contato de bebês com crianças mais velhas e adultos com
sinais de resfriados e com fumantes.
Fonte:BEM-ESTAR
Postado por:Elisete Bohrer