Jair Cezar de Souza Borba, 29 anos, disse que só falaria em juízo
O suspeito de matar a facadas Gabriela Marques Ruckert ,
de um 1 de 9 meses, às 19h30min de quarta-feira, em Cruz Alta, deixou a
Delegacia de Pronto-Atendimento da Polícia Civil sem explicar o que o
levou a cometer tamanha brutalidade.
Conforme o delegado João Gabriel Parmeggiani Pes, que investiga o caso,Jair Cesar Souza Borba ,
29 anos, chegou muito machucado à delegacia, tonto devido às medicações
que recebeu no hospital depois de ser atropelado na ERS-342, cerca de
duas horas depois do crime.
_ Ele não disse nada. Disse que irá
falar só em juízo _ conta o delegado, que pretende ouvir o suspeito ao
final das investigações.
Tanto a mãe da menina quanto a Polícia
Civil não têm uma explicação para o crime. As hipóteses são que o
suspeito tenha sido acometido de um surto _ ele seria usuário de crack
e, no local do crime, foi encontrado um cachimbo para consumo da droga _
ou tenha tido motivações passionais.
Segundo a mãe da bebê Laís
Fogaça Marques, 26 anos, ela conhece o suspeito desde criança. Apesar
de algumas tentativas, os dois nunca engataram um relacionamento sério
quando adultos. Há cerca de um mês, o casal rompeu uma relação que não
durou mais que algumas semanas. De acordo com Laís, eles não brigaram na
noite do crime, apenas conversaram na residência dela, na Vila Santa
Terezinha.
_ Ele chegou a minha casa todo embarrado. Pediu um
balde de água e um sabão para se lavar. Não brigamos, apenas
conversamos. Cerca de uma hora depois, eu estava no quarto pegando uma
roupa para a bebê, pois íamos até a casa de uma vizinha. A bebê estava
brincando na sala. Quando olhei para trás, vi ele entrando em casa,
pegando ela e arrastando até ao banheiro. Eu não entendi o que estava
acontecendo. Corri até lá e vi ele em cima da bebê. Pulei em cima dele.
Foi então que ele começou a esfaqueá-la. Ele me empurrava e me dava
chutes, mas nem consegui perceber. Só queria tirar minha filha dali.
Então, ele saiu correndo e pulou a janela. Eu saí correndo, gritando por
ajuda. Os vizinhos entraram e uma vizinha pegou ela e levou até o
carro. Então fomos para o hospital _ contou a mãe da menina à equipe do
Diário na noite de quarta-feira.
Depois de ser preso em flagrante e prestar depoimento, o suspeito foi encaminhado ao Presídio Estadual de Cruz Alta.
As agressõesConforme o laudo médico, além das facadas, a vítima sofreu esganadura no pescoço e afundamento craniano devido a pancadas.
_
Eu não entendo o porquê ele fez isso. Simplesmente não tem explicação
para um ato de tamanha crueldade. Nos conhecemos desde crianças. Ficamos
algumas vezes, por algumas semanas. Mas nada que durou. Não há motivos
para ele fazer isso. Se tivesse que matar alguém, que fosse a mim. Ele
nunca demonstrou nada contra minha filha. Ao contrário, ele brincava com
a bebê _ disse a mãe da menina, que também teve ferimentos e
escoriações.
Fonte:DIÁRIO DE SANTA MARIA
Postado por:Elisete Bohrer