Cotrisal está em as 50 maiores empresas da Região Sul
Jornalista
Silvana Lima, assessora de comunicação da Cotrisal, representou a cooperativa
na premiação
A Cotrisal recebeu na quarta-feira, 22, a premiação entre as 500
maiores empresas do Sul. A cooperativa obteve destaque em duas categorias,
entre as 50 maiores da Região Sul, com o 32º lugar, e entre as 500 maiores da
Região Sul do Brasil, na 87ª posição. A edição 2017 do ranking da Revista
AMANHÃ e da PwC Brasil mostra como as principais empresas da região conduziram
seus negócios em um ano desafiador.
A solenidade aconteceu em
evento promovido pela Revista Amanhã, em Curitiba (PR), para uma plateia de
empresários, lideranças e autoridades, e contou ainda com a apresentação de
duas palestras: com o juiz Federal, Sérgio Moro, e com o presidente do BNDES,
Paulo Rabello de Castro.
Para o presidente Walter Vontobel, este prêmio é o
reconhecimento ao trabalho sério, com responsabilidade e comprometimento, e por
outro lado, nos mostra o quanto a cooperativa cresceu e se tornou importante no
cenário do agronegócio e da economia do país. “A Família Cotrisal está de
parabéns, é a nossa união e cooperação, entre direção, associados e funcionários
que vem resultando em grandes conquistas”, ressaltou Vontobel.
Moro: programas de
integridade nas empresas têm de ser "para valer"
Juiz
Federal palestrou em evento de premiação
O juiz federal Sérgio Moro participou do
evento de premiação das 500 Maiores do Sul. Após parabenizar companhias
presentes no ranking – que colheram bons resultados em um ano difícil, Moro
lembrou dos aprendizados que os períodos difíceis trazem: “Recessão sempre é
muito ruim para as pessoas e empresas. Mas é muito bom conseguir sair dela”.
Ao comentar a investigação da Petrobras, e
seus desdobramentos na chamada Operação Lava-Jato, Moro fez referência ao
conceito de State Capture – a captura do estado para fins privados. Segundo o
juiz, a investigação da estatal mostrou não apenas um, ou alguns, casos de
corrupção – mas que esta havia se tornado uma prática sistemática. “Os números
são superlativos, e o balanço da própria Petrobras reconheceu perdas da ordem
de 6 bilhões de reais em custos direto com a corrupção. Temos quatro ex-diretores
da Petrobras cumprindo penas, dois deles em condições mais favoráveis, por
terem ajudado com informações. Apenas um gerente devolveu 98 milhões de
dólares, em contas no exterior. E, ontem mesmo o TRF4 confirmou a condenação do
ex-presidente da Câmara.”, lembrou Moro.
Outro aspecto abordado por Moro foi como a
corrupção compromete a livre concorrência e própria saúde do ambiente no qual
as empresas operam. As investigações apontaram como acordos prévios entre
empresas na participação de projetos que inviabilizam o livre mercado, com
prejuízos diretos ao erário público. “As empresas têm um grande papel. Em
primeiro lugar: não pagar propina”, orientou Moro, que chegou a pedir desculpas
por falar algo tão óbvio. “Se houver extorsão, este é um momento oportuno para
que as empresas procurem as autoridades públicas para denunciar os fatos”,
explicou.
O banco do futuro
terá de correr mais riscos
Presidente
do BNDES, Paulo Rabello de Castro
Alternando
frases e espirituosas e sínteses contundentes, o presidente do BNDES, Paulo
Rabello de Castro, pautou sua palestra no evento, por uma nova visão sobre o
papel do BNDES e os bancos em geral. “O banco do futuro terá de correr mais
riscos”, defendeu Rabello, ao comentar, em tom de autocrítica, que o BNDES
apresenta em sua carteira de crédito um índice de inadimplência de apenas 2%
entre os seus clientes. “É um índice muito baixo, mesmo depois de uma longa
recessão. Temos de respirar o nível de inadimplência da economia real. Não faz
mal que o banco também sofra. A não ser que queiramos fechá-lo”, admitiu o
economista. “Só precisamos convencer o pessoal do TCU sobre isso”, sorriu,
admitindo que um dos desafios de gerir um banco público de um modo menos
conservador e mais plugado no ímpeto empreendedor das companhias é o rigor das
autoridades de controle, como o Tribunal de Contas da União.
Fonte:Lurdes Silvana de Lima
Assessoria de Comunicação
Cooperativa Tritícola Sarandi Ltda