segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Piso regional contribui para o crescimento econômico do Estado

Os sucessivos reajustes do salário mínimo regional pelo Governo desde 2011 estão inseridos em uma política de Estado para a retomada do crescimento econômico, concretizados com apoio da Assembleia e sem reflexos negativos na economia, como desemprego ou ameaça à iniciativa privada. Junto com a valorização do salário mínimo, cresce a economia gaúcha, gerando mais oportunidades. 
Nos últimos quatro anos, as ações de atração e incentivo a empresas resultaram em mais de R$ 50 bilhões em investimentos privados. Somente em2013, a economia gaúcha obteve um salto de 6,2% no PIB. O Estado apresenta o menor índice de desemprego do país, acumulado em torno de 6% desde 2012. 
O piso regional abrange categorias que tem pouca força para negociar seus salários diretamente com os empregadores, segundo o diretor técnico da Fundação de Economia e Estatística (FEE), André Scherer: "Valorizar o mínimo regional tem um sentido econômico e social: ajuda a dinamizar a economia e a combater as desigualdades". 
Para Scherer, essa medida, em conjunto com a elevação dos salários dos servidores públicos desde 2011, foi fundamental para que, por exemplo, os efeitos da seca de 2012 não tivessem o mesmo impacto que tiveram estiagens em outros momentos. "A elevação da renda tem sido fundamental para que o Rio Grande do Sul apresente índices de desemprego menores do que outros Estados, com menor inadimplência e mais crédito", explica. 
O presidente do Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Atração de Investimento (AGDI), Ivan de Pellegrini, afirma que o crescimento do piso regional estimula um círculo virtuoso na economia local: "O aumento da renda, do padrão de vida e do consumo contribuem para um ambiente mais atrativo para investimentos e para a competitividade, especialmente de empresas inovadoras, que valorizam o capital humano".
Novas Empresas no RS
Somente em investimentos privados, o Rio Grande do Sul atraiu R$ 50 bilhões nos últimos quatro anos, entre eles a maior empresa já instalada no Estado: a planta da Celulose Riograndense em Guaíba, com aporte de R$ 5 bilhões. O trabalho de relações internacionais do governo também garantiu a vinda da montadora de caminhões Foton, uma expansão da Alstom, e a nova fábrica elevadores da Hyundai no Estado.
Em empresas locais, somente Gerdau, Random e Ambev receberam mais de R$ 2 bilhões em incentivos do Governo do Estado via Novo Fundopem. Todos esses investimentos garantem oportunidade de emprego e renda, associados à formação de mão de obra especializada para atender a essa expansão. 
Sobre Emprego e Desemprego
De acordo com os dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana de Porto Alegre (PED-RMPA), cuja primeira média anual é de1993, aGrande Porto Alegre atingiu a menor taxa de desemprego em 2013. Em 1999, eram mais de 316 mil desempregados no Rio Grande do Sul, o equivalente a 19% da população economicamente ativa. Em 2013, são 122 mil, 6,4%. 
Texto: Luciana Alcover
Heloise Santi
Central do Interior
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