Dentro de estratégia da Secretaria da Agricultura estabelecida com a cadeia produtiva, de duplicar a produção de leite em dez anos, o Rio Grande do Sul cresceu 10,3% entre 2012 e 2013. No período, saiu de 11 milhões para 12,3 milhões de litros/dia. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados esta semana.
O veterinário Danilo Gomes, técnico da Câmara Setorial do Leite da Seapa, afirma que as políticas de incentivo ao setor projetam que, em 2020, o Estado alcançará o patamar de 20 milhões de litros/dia. “O desafio agora é trabalhar paralelamente a meta de expansão de mercado, principalmente o externo”.
Uma das medidas é o tripé constituído pela criação do Prodeleite, Fundoleite e o Instituto Gaúcho do Leite (IGL). “São políticas de Estado que, independentemente dos governos, ajudarão a orientar, financiar e executar projetos e políticas de médio e longo prazo que norteiem o setor com vistas à melhoria da sanidade e da qualidade dos produtos lácteos”, define o secretário da Agricultura, Claudio Fioreze, que em breve deve lançar, em Westphália, a primeira etapa do Programa de Controle e Erradicação da Tuberculose e Brucelose (Procetube).
Também em uma década, a ideia é eliminar as duas doenças das propriedades gaúchas, certificando-as. Com isso, garantem-se sanidade do rebanho e do produto, abrindo mercado à exportação, uma vez que a rastreabilidade é uma das ações do programa. “Há pouco, a Rússia quis importar 30 mil toneladas de leite em pó do Brasil e não pode em razão do status sanitário”, exemplifica Fioreze.
Entre os principais produtores do Brasil, o RS apresenta produção menos concentrada, conforme o levantamento. “Estima-se que já no próximo levantamento do IBGE, com os dados de 2014, o RS ultrapasse o Sudeste em produção”, projeta Gomes.
Para ele, outros fatores que ajudaram no crescimento são condições favoráveis de obtenção de crédito rural junto ao Pronaf, aumento de tecnologia nas propriedades, melhoria genética do rebanho e maior preço pago ao produtor.
“Interessante é a capilaridade da produção no RS, que não é tão concentrada em determinados municípios como em outros estados. Isso mostra o quanto a cadeia é importante do ponto de vista econômico e social para a maioria dos municípios gaúchos”, destaca.
Texto: Daniel Cóssio
Heloise Santi
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