Promover a ascensão social de produtores de leite em cinco estados brasileiros é o principal objetivo do programa Leite Saudável, lançado nesta terça-feira (29) pelo Ministério da Agricultura, em Brasília. O termo de cooperação com o Rio Grande do Sul foi assinado pelo secretário da Agricultura, Pecuária e Irrigação, Ernani Polo, que representou o governador José Ivo Sartori.
No RS, o programa beneficiará 132 municípios e 18 mil propriedades vão ser assistidas, com investimento de mais de R$ 80 milhões em um conjunto de ações que buscam aumentar a renda dos produtores, assim como melhorar a qualidade, a produtividade e a sanidade do leite, além de ampliar os mercados interno e externo. Participam também do programa os estados de Goiás, Paraná, Minas Gerais e Santa Catarina, com um investimento total de 387 milhões para ser aplicado até 2019.
Em parceria com o Sebrae, o programa é dividido em sete eixos: assistência técnica gerencial; melhoramento genético; política agrícola; sanidade animal; qualidade do leite; marco regulatório e ampliação de mercado. Serão oferecidos cursos técnicos e de gestão, para melhorar a produtividade, ampliando a renda do produtor.
Está prevista também a criação, junto com a Embrapa, de um sistema de inteligência para gerenciamento de dados da qualidade do leite. Outro objetivo é atualizar e adequar as legislações do setor lácteo, a fim de garantir a qualidade dos produtos e a saúde pública, diminuindo custos de produção. O ministério ainda pretende intensificar o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal.
O programa Leite Saudável também busca triplicar as exportações. Visando ampliar índices de produtividade do rebanho leiteiro, serão selecionados agricultores com potencial de adotar práticas de melhoramento genético, ampliando em 30% a 40% o uso de inseminação artificial.
"A iniciativa é extremamente positiva, pois dá ao pequeno produtor a capacidade de crescer, viabiliza a abertura de mercado e ainda trabalha a qualidade e a sanidade do produto. Através da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação do Rio Grande do Sul, iremos trabalhar para potencializar essa ação, tendo em vista o papel econômico e social que o setor leiteiro presta ao desenvolvimento do Estado", afirmou Ernani Polo.
A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, ressaltou que hoje no Brasil o número de pessoas que vivem no campo e não conseguem chegar à classe média é grande e preocupante. "Apenas 12% dos brasileiros que vivem no meio rural estão na classe média. Enquanto isso, temos 70% da população nas classes D e E. Com o programa, em dois anos, já veremos diferença na vida dessas pessoas e na qualidade do leite brasileiro", disse a ministra.
Estiveram presentes também na solenidade Iberê Orsi, secretário adjunto da Secretaria de Desenvolvimento Rural e Cooperativismo, Jorge Rodrigues, presidente da Comissão do Leite da Farsul, e Darlan Palharini, secretário executivo do Sindilat/RS.
O programa
Dividido em quatro fases, o programa irá auxiliar o produtor em todos os quesitos que podem garantir potencializar sua produção, melhorando também a qualidade do produto.
Números no RS
Total de propriedades atendidas: 18 mil (9%)
Municípios: 132 (27%)
Rebanho dos municípios atendidos: 591.286
Estimativa de rebanho atendido pelo projeto: 288 mil (49%)
Regiões atingidas: Nordeste e noroeste gaúchos
Texto: Alexandre Farina/Seap
Foto: Divulgação
Edição: Cristina Lac/Secom
Postagem: Elisete Bohrer
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