Jovens vão a centro comercial alegando buscar mais espaços de lazer

Entre os olhares atraídos pelo rolê, estava o do engenheiro civil Luiz Eduardo Mutzberg, 58 anos. “O tempo passa e muda a forma, mas a juventude sempre gostou de se expressar. Era assim quando eu era jovem e será no futuro. O que a gente espera é ver atitudes alegres, despojadas e ordeiras”, comentou.
O grupo caminhou pelos corredores, cantou funks que se ouve nas FMs populares, parou diante de vitrines, apreciou grifes com o deboche de quem protesta de maneira bem humorada. A administração do Barra não fez restrições. Admitiu o ingresso da meninada. Reforçou a segurança interna de forma notável, mas sem nenhuma hostilidade.
Para a rolezeira Thayná Desirée, 22 anos, a motivação é a busca por inclusão em novos processos sociais. “Educação, saúde, segurança são necessidades óbvias. Queremos acesso a lazer, cultura, alegria e prazer”, revela a estudante de Geografia.
A professora Andrea Brito Gomes, 38 anos, reconhece o valor das aspirações juvenis. “Faltam oportunidades para a juventude sentir-se parte da sociedade. A falta delas gera carência de perspectivas, dá margem para exclusão, violência, drogas e destruição do futuro”, avalia a mãe dois meninos, 4 e 17 anos.
Fonte: Luiz Sérgio Dibe / Correio do Povo
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