Apesar de comum, ainda não há causas conhecidas para a doença
A endometriose é uma das doenças que mais afetam a população feminina em todo o mundo. De acordo com pesquisas realizadas pelo World Endometriose Research Foundation, seis milhões de mulheres sofrem da doença no Brasil, somando aproximadamente 176 milhões no mundo.A endometriose ocorre quando uma mucosa que reveste a parede interna do útero cresce em outras regiões do corpo, não são expelidas e acabam migrando em sentidos adversos, caindo nos ovários ou na cavidade abdominal, o que gera sangramentos irregulares e pode causar infertilidade.
— Normalmente, essa formação de tecido se localiza na região pélvica, na parte externa do útero, ovários, intestino reto, bexiga e na túnica que reveste a pélvis. Todavia, também pode ser fixados em outras localizações do corpo — ressalta o ginecologista responsável pelo setor de Histeroscopia Ambulatorial do Hospital Sírio Libanês, Joji Ueno.
Segundo o especialista, a causa da endometriose é desconhecida, mas existem algumas bases teóricas, como a menstruação retrógrada. Ela ocorre quando as células endometriais sobem através das trompas, sendo fixadas e crescendo na cavidade pélvica ou abdominal. O processo contínuo da disfunção da doença pode causar dores e cicatrizes, acompanhadas de aderências na região das trompas, ovários e proximidades da pélvis.
O diagnóstico tardio da endometriose aumenta as possibilidades de possível infertilidade. Nesses casos, pode ser necessário uma cirurgia laparoscópica, que pode auxiliar a aumentar a fertilidade. Entretanto, o sucesso no tratamento depende da gravidade da doença. Em muitos casos, se a primeira cirurgia não for eficaz, repetir a laparoscopia pode ser pouco provável para reverter a situação.
— A prevenção da doença ainda se concentra com as pílulas anticoncepcionais, que podem auxiliar a impedir ou protelar o desenvolvimento da endometriose — finaliza Ueno.
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