
O ato teve apoio de comerciantes e de agricultores atingidos pelo processo de demarcação da área como indígena e reuniu mais de cem pessoas em frente ao complexo turístico. Conforme um dos administradores do local, Olinto da Silva, 53 anos, os donos das cabanas souberam que as casas estavam sendo invadidas e saqueadas, pois os alarmes começaram a tocar, e ficaram revoltados.
— Fizemos uma reunião no final da tarde e resolvemos tomar as casas de volta — explica Silva.
O comerciante e dono de uma cabana próxima à entrada do balneário, Flávio Trennepohl, 43 anos, afirma que a porta da residência foi arrancada e que os eletrodomésticos foram roubados.
— Levaram televisão, DVD, geladeira, e ainda quebraram os vidros. A polícia tem que nos ajudar a recuperar isso — afirma.
Ele reside na cidade, mas usa a cabana nos finais de semana. Conforme a administração do parque, oito famílias residiam no balneário, mas deixaram as casas após a invasão dos índios na noite de quarta-feira.
O grupo colocou fogo em faixas dos indígenas e bloqueou a rua que passa em frente ao complexo turístico. Mesmo com a chuva, algumas pessoas ainda continuam no local.
Segundo a Brigada Militar, os índios retornaram para a área onde residem. Eles moram há vinte anos em dois hectares localizados ao lado do balneário.
Indígenas teriam saqueado as casas - Foto: Diogo Zanatta, Especial
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