sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Agricultores protestam contra ação de índios em Vicente Dutra

Indígenas e produtores rurais reivindicam posse de área de 715 hectares

Agricultores protestaram na manhã desta sexta-feira contra depredações que teriam sido causadas por índios nos últimos dias em Vicente Dutra, no Norte do Estado. A manifestação – organizada pela Administração Municipal, Sindicato dos Trabalhadores Rurais e outras entidades – visa pressionar as autoridades federais, especialmente a Fundação Nacional do Índio (Funai), a buscar uma solução para o problema das demarcações de terras. As aulas foram suspensas e a prefeitura e e estabelecimentos comerciais foram fechados.

O prefeito de Vicente Dutra, João Paulo Pastório, disse que o o clima é tenso na cidade. “Nós temos no turismo, especialmente através da água mineral, uma das principais fontes de renda do município. Essa pressão e depredação feitas pelos índios prejudica muito nossa cidade”, argumentou.

Pastório acusa os índios de depredarem parte das 150 cabanas que formam o Empreendimento Águras do Prado. “Nossa população é pacífica, mas tudo tem limite; Eles levaram geladeiras, colchões e outros pertences de turistas que são proprietários das cabanas e isso é inadmissível”, alegou.

Os índios reivindicam que o governo federal oficialize a demarcação de uma área de mais de 715 hectares em seu favor. Nesta semana, eles foram acusados de agredir um guarda durante uma tentativa de invasão ao Balneário Águas do Prado. Atualmente, local é ocupado por dezenas de agricultores que possuem escrituras das terras há mais de 90 anos.

Segundo historiadores da região, as escrituras em favor dos colonos foram dadas pelo governo estadual, a partir de 1917. Os agricultores afirmam que a terra nunca pertenceu aos indígenas. Já os caingangues dizem que o local é uma área tradicionalmente habitado pelos índios. As lideranças indígenas declararam que a mobilização vai continuar até que a Funai termine o processo de demarcação das terras.

O prefeito de Vicente Dutra analisa decretar situação de emergência no município devido à falta de segurança e o temor por confrontos entre índios e agricultores. Pastório reclama da ausência da Funai e da Polícia Federal na cidade, para mediar o confronto.

 Fonte: Agostinho Piovesan / Correio do Povo
Postado por:Elisete Bohrer

Um comentário:

  1. Declaração de um conterrâneo de Vicente dutra sobre o conflito: "os indios foram entra lá nas àgua e o vigia mandou eles voltarem. Aí foram dar ré no carro e bateram em outro carro que estava estacionado na portaria. Então o vigia se meteu. Os indios não gostam dele pois vive ameaçando de matar um índio e seguido expulsa eles de lá. Dai começou a confusão. O juca apareceu e se meteu, pegou a arma e saiu atirando neles" Manterei-o anônimo por segurança.
    Defendo uma saída legal aos atuais conflitos, ou seja, a aplicação imediata da lei (ART.231 e 232 CF-88 e art. 32 da CE-89) pois direito não se negocia. Mas sei também q grande povo kaingang é formado por guerreiros q pertencem a essa Terra e q estão dispostos às últimas consequências na defesa de suas terras e na integridade de suas famílias. Entendo q hoje a falta de terras implica diretamente em fome para as crianças kaingang e q isso não será mais aceito por eles, daí a revolta generalizada em todo o estado. Entretanto, porque os brancos de Vicente Dutra não buscaram realizar um contra-laudo antropológico para questionar o laudo da FUNAI, o q já é previsto na lei? (eles, os brancos, perderam os prazos todos para se manifestarem dentro do processo). Porque os brancos não exigiram na justiça e do governo a aplicação do Art. 32 da Constituição Estadual q manda pagar os pequenos agricultores q tem titulo dado pelo estado em terra indigena? Porque o prefeito da época dos estudos não buscou um acordo com FUNAI, MPF e Nação Kaingang? E o empreendimento, q tipo de associação é essa em q uma pessoa (ou família) é ao mesmo tempo o principal beneficiário deste negócio e também o prefeito q inicia o Empreendimento Águas do Prado e naquela época concede licenças, alvarás, vende títulos, regulariza a terra em detrimento dos indígenas etc. Se a Prefeitura proporcionou a construção ilegal do empreendimento em terras indígenas deve indenizar os brancos q foram enganados e compraram cabanas lá? Será q existem alguns brancos ali q se aproveitaram d tudo isso, q enriqueceram destruindo a mata kaingang e até enganaram os demais brancos da cidade e da região jogando-os contra os indígenas para vender títulos?http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/geral/noticia/2013/11/o-vigia-veio-para-cima-dos-indios-atirando-afirma-vice-cacique-sobre-agressao-em-vicente-dutra-4341428.html

    ResponderExcluir

Postagens que talvez você não viu!!!

http://picasion.com/