quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Procurador do Estado afirma: índios são massa de manobra para desapropriações e serão esquecidos após receberem terras

Nesta quarta (16) vários pontos do Brasil tiveram protestos de indígenas, com bloqueios em rodovias. Lideranças indígenas e quilombolas de diversas partes do país montaram vigília ainda na noite desta de terça-feira (15) em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília. Os grupos ficaram no local pelo julgamento de ações ligadas à demarcação de terras.

Na nossa região indígenas protestam contra a orientação do governo Federal que determinou o cumprimento do Marco Regulatório para demarcação de terras. O Marco Regulatório, instituído pelo STF, orienta que só podem ser demarcadas terras tradicionalmente ocupadas até a promulgação da Constituição de 1988.

Em entrevista na Uirapuru, o procurador do Estado, Rodinei Candeia, que esteve à frente na CPI que investigou demarcações no passado, explicou que para os índios está em jogo simplesmente o ganho de uma área de terra, enquanto que na realidade trata-se de geopolítica, pois estas terras têm alto valor de produção. O governo teria que desapropriar estas terras a altos custos, caso de fato elas tenham que ser repassadas aos índios.

Para o procurador, os índios são meramente massa de manobra, que não possuem políticas de cuidados após a possível desapropriação e tão logo isso ocorra eles serão esquecidos pelo governo. Falando sobre laudos antropológicos que apontam a presença de índios, antes de 88, em vários locais, Candeia explicou que há falhas grosseiras quando estes se referem a região.

Em alguns documentos os índios possuem como fonte de renda e existência, a extração do palmito, uma prática que sabe-se não existir nas florestas da região. Para o procurador a questão vai muito além e deve ser estudada em cada caso com muita cautela.


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