Muito mais do que gestar e dar à luz uma criança, a funcionária pública Patrícia Alves Cabrera abriu mão de sua própria vida para salvar a de seu filho, o pequeno Arthur, ao abandonar o tratamento que fazia contra um câncer e, por decorrência da doença, morrer pouco tempo depois de fazer o parto da criança.
Após descobrir a gravidez, no final de 2013, e receber recomendações médicas, Patrícia - que enfrentava um tratamento com quimioterapia - deixou de se medicar, para não prejudicar o bebê, e passou a apenas monitorar sua doença.
Apesar de ter acompanhamento médico, sem o tratamento a funcionária pública teve uma piora em seu quadro de saúde, o que a forçou a passar por uma cesariana de emergência em abril de 2014, quando Arthur tinha apenas seis meses.
Com seu quadro agravado, Patrícia foi transferida de hospital, logo após o parto, mas já tinha seu fígado e outros órgãos comprometidos. Antes de se mudar, ela teve a única chance de ver e tocar o fruto de seu sacrifício. Como Arthur estava em estado de saúde delicado em uma incubadora, a mãe sequer pôde segurá-lo em seus braços ao menos uma vez.
Hoje com 1 ano e esbanjando saúde, Arthur vive junto de seu pai, Felipe Cabrera Padovani, que o cria em meio à lembrança e à imagem da mãe, que não só deu a vida ao menino, como abriu mão de sua própria pelo amor maternal, cultivado desde o momento em que soube que estava grávida.
“O que a gente tem que passar pra ele é toda essa grandeza da pessoa que ela foi, com toda essa luta e esse instinto de mãe, a vontade de estar com ele... Todo o amor que ela teve por ele desde o primeiro momento”, afirmou Felipe à série Coração de Mãe, do Jornal da Band.
Postado por:Elisete Bohrer
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