Produto também será exportado para Arábia Saudita, Iraque, África do Sul, Japão e EUA
As exportações brasileiras de carne bovina continuaram no vermelho em abril e no acumulado deste ano, tanto em valor quanto em volume. Mas a expectativa do setor exportador é de que o quadro mude a partir do 2º semestre e o País supere neste ano o recorde de vendas de 2014, que foi de US$ 7,2 bilhões. Isso deve ocorrer especialmente com o retorno da China como importador do produto brasileiro in natura. Também devem contribuir para esse quadro a volta das exportações para Arábia Saudita, Iraque, África do Sul e Japão e a abertura do mercado americano para a carne in natura.
Na visita do primeiro-ministro da China ao Brasil, Li Keqiang, marcada para o dia 19 deste mês, deverá ser anunciado a reabertura do mercado chinês, segundo o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Antonio Jorge Camardelli. "A China é um grande mercado e em breve deve estar entre os cinco maiores importadores de carne in natura brasileira", prevê. O país asiático começou a importar carne brasileira em 2005 e, em 2012, quando suspendeu os embarques por causa da ocorrência de um caso da doença da vaca louca, tinha adquirido 17 mil toneladas, desembolsando US$ 74 milhões.
Camardelli conta que existem 8 frigoríficos que automaticamente voltarão a exportar para a China no mês que vem e 11 que estão aptos porque preencheram os requisitos. No mês passado, o Brasil exportou US$ 447,5 milhões em carne bovina, cifra 7% menor do que o mês anterior e 16,4% abaixo do mesmo período do ano passado, segundo dados da Secex compilados pela Abiec. Entre janeiro e abril, as exportações do produto em todas as modalidades - carne in natura, industrializada, miúdos e tripas - somaram US$ 1,8 bilhão, resultado 17,3% menor ante 2014.
Apesar do dólar mais favorável às exportações, o desempenho das vendas externas no mês passado ficou aquém das expectativas do setor. "Não contávamos com uma retração nas vendas para Hong Kong, Egito, Chile e de carne industrializada para os EUA, apesar do aumento das exportações para Rússia, Venezuela, Irã e Argélia."
Foto: Rogério Sartori / CP Memória
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Postado por:Elisete Bohrer
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