O Rio Grande do Sul tem 103 locais vulneráveis à exploração sexual de crianças e adolescentes em estradas federais. O mapeamento feito pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) tem o objetivo de combater e prevenir esse tipo de crime.
Conforme o levantamento da PRF, o número de pontos vulneráveis à exploração sexual de crianças e adolescentes aumentou quase 12% nos últimos dois anos no estado. Em 2012, quando foi feito o último levantamento, eram 92 pontos.
Os locais de maior risco estão localizados em 11 rodovias federais. Os mais críticos estão na BR-116, nos municípios de Eldorado do Sul, Caxias do Sul, Guaíba, Tapes, Cristal, Camaquã e São Lourenço do sul. Na BR-285, em Saldanha Marinho. Na BR-290, em Pântano Grande, e na BR-386, em Carazinho.
De acordo com o estudo, é nas proximidades de bares e restaurantes e postos de combustíveis que mais se concentram os focos de exploração sexual de crianças e adolescentes. A maioria desses locais fica na área urbana das rodovias e tem relação direta com o consumo de drogas e a presença de motoristas e caminhoneiros.
“São feitos estes levantamentos justamente com fins de verificar se de repente pode ocorrer da situação evoluir para uma prostituição infantil e até mesmo outros crimes correlatos, por exemplo, trafico”, diz o policial rodoviário federal Márcio Mathias.
Em Caxias do Sul, moradores dizem que é comum ver pessoas se prostituindo na BR-116, no trecho que corta a cidade. “É muita gente entrando e saindo ali do matinho. O pessoal sobe a escada, desce a escada o tempo todo que a gente fica por aqui”, diz uma moradora, que prefere não se identificar.
Em Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo, a exploração sexual acontece na BR-471. Mesmo em plena luz do dia, mulheres e travestis fazem ponto no local. Já a BR-285, em Ijuí, tem dois pontos considerados de alto risco. A preocupação em todos eles é com a exploração de menores.
“Temos recebido denúncias pelo Conselho Tutelar, algumas pelo Ministério Público e também pelo Disque-Denúncia relacionados à prostituição tanto de crianças quanto de adolescentes. Em virtude destas denúncias nós instauramos procedimentos que estão em fase de investigação”, diz a delegada Jocelaine de Aguiar, responsável pela Delegacia da Mulher de Ijuí.
Do G1 RS
Postado por:Elisete Bohrer
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