Em relação ao comportamento, Romito explica que, em situações de estresse, tendemos a deixar de fazer aquilo que parece "opcional". "Como escovar os dentes e utilizar fio dental ainda não é um hábito no Brasil e em muitos países, a pessoa estressada acaba sendo desleixada com a higiene bucal e não removendo os resíduos como deveria", afirma. O acúmulo da placa bacteriana nos dentes é um convite para o desenvolvimento da cárie e das doenças periodentais, como gengivite e periodontite. Se estes problemas não forem tratados devidamente, podem chegar ao ponto de provocar a perda de dentes. Outro comportamento de risco do estressado para a saúde bucal é o fumo. Quando estressado, o fumante tende a aumentar o número de cigarros, o que pode acarretar em um desgaste maior dos dentes ou até em um câncer na boca.
Já sob o aspecto biológico, o estresse diminui a capacidade imunológica. Como a cárie e outras doenças bucais têm origem bacteriana, quando as defesas do organismo estão prejudicadas, cresce o risco de piorar alguma enfermidade já existente ou desenvolver um novo problema bucal. Para quem já tem o vírus da herpes, nos períodos de estresse e baixa imunidade pode ocorrer a manifestação do vírus. É muito comum que a herpes apareça nos lábios e ao redor da boca em momentos estressantes.
Danos podem aparecer em pouco tempo de crise
Quem pensa que o estresse só causa problemas, inclusive nos dentes e na boca, a longo prazo está enganado. “Já tive pacientes que no período de um ano, que consideramos um curto prazo, tiveram uma diferença nítida na saúde bucal por causa da crise de estresse”, conta Romito. Ele ressalta ainda que, além de tratar ocorrências bucais, o dentista deve alertar o paciente se desconfiar que o estresse possa estar prejudicando a sua saúde bucal.
Fonte:Saúde e bem-estar
Postado por:Elisete Bohrer
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