sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Colheita do trigo avança no RS e confirma baixa produtividade das lavouras

Com o predomínio do sol em boa parte do último período, os triticultores puderam intensificar o trabalho de colheita das lavouras. Conforme o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (20) pela Emater/RS-Ascar, o avanço em relação à semana passada foi de sete pontos percentuais, alcançando 79% da área cultivada. Importantes regiões produtoras de trigo, como Santa Rosa e Ijuí, praticamente já encerraram o processo de retirada dos grãos das lavouras, com mais de 95% da área colhida.
Apesar do avanço, a colheita do trigo no Rio Grande do Sul está atrasada quando comparada à safra passada. Nesta mesma época, os produtores haviam colhido 85% da área. As baixas produtividades e a qualidade inferior do grão explicam o desinteresse por parte dos agricultores em efetuar a colheita. Em muitos casos, os rendimentos sequer proporcionam a cobertura dos custos de produção. Restando pouco mais de 20% para serem colhidos no Estado, os prejuízos parecem estar consolidados.
Tendo em vista esse cenário, a Emater/RS-Ascar finalizou, durante a primeira quinzena deste mês, um novo levantamento sobre a situação das lavouras de trigo, realizado em 264 municípios - 85% da área plantada com o cereal. Os números analisados refletem as péssimas condições enfrentadas pela cultura ao longo de todo seu ciclo.
As áreas mais afetadas se concentraram entre o Norte e o Noroeste do Estado, embora quase todas tenham sido afetadas. A região administrativa da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa, por exemplo, que concentra 19% da produção do Estado, indica uma produtividade média de apenas 1.150 kg/ha, o que representa 60,28% menos da estimativa inicial, de 2.895 kg/ha. Na região de Ijuí (27% da produção), a produtividade esperada inicialmente era de 2.976 kg/ha, e a obtida foi de 1.498 kg/ha (-49,67%).
Em âmbito geral, os números indicam uma produtividade média para o Rio Grande do Sul de apenas 1.576 kg/ha, marcando uma diferença de -50,18% em relação à obtida no ano passado (3.164 kg/ha). Se comparada com a estimativa inicial, a diferença fica em -42,37%. Levando-se em conta essa produtividade, a produção projetada para este ano cai para 1,817 milhão de toneladas, ficando 45,75% menor que a do ano passado.
Texto: Júlio Fiori
Postado por:Elisete Bohrer

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