A Câmara Setorial da Erva-mate realizou reunião deliberativa nesta terça-feira (25). A inclusão da erva-mate na cesta básica e a fiscalização da produção estiveram entre as pautas em discussão. O encontro foi presidido pelo secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Claudio Fioreze, e contou com presença dos presidentes do Ibramate, Alfeu Strapasson, do Sindimate, Sergio D'Alaqua, do coordenador da câmara da erva-mate, Carlos Silva, e do coordenador das câmaras temáticas da Seapa, Carlos Barbieri, além de representantes de entidades, Emater e Famurs.
De acordo com Carlos Silva, será sugerida ao Governo do Estado a criação de um grupo de trabalho, formado por entidades, técnicos das secretarias da Agricultura, Saúde, Fazenda e do Ministério da Agricultura, com o propósito de definir as atribuições de cada órgão e as metodologias de fiscalização no processo produtivo da erva-mate.
Outra ação, conforme Carlos Silva, será formalização por parte do Ibramate, junto à Seapa, de um pedido de inclusão da erva-mate na cesta básica. A utilização de produtos que tem como base a erva-mate na merenda escolar da rede estadual de ensino será discutida em reunião com a secretaria estadual de Educação, que deve ser agendada para as próximas semanas.
Sobre o preço de referência, de acordo com Alfeu Strapasson, a leitura do atual cenário apresenta um indicativo para a indústria entre R$ 13 e R$ 17 por arroba, porém, Strepasson adiantou que o tema deve ser aprofundado por meio de um estudo técnico. A ideia é chegar a um valor que contemple todos os elos da cadeia: produtor, indústria e consumidor.
Ao término da reunião, o presidente do Ibramate, elogiou as ações da Secretaria da Agricultura para o setor ervateiro. “A organização da cadeia produtiva é um divisor de águas. Nosso desafio é ampliar o que foi construído e dar continuidade nas políticas públicas que estão em desenvolvimento. Em três anos foi feito mais que toda a história da erva-mate”, afirmou Alfeu Strapasson.
O presidente do Sindimate ressaltou que a atenção assegurada ao setor permitiu avanços, que devem ter continuidade. “Foi o governo que melhor compreendeu o setor, permitindo sistematizar a cadeia produtiva, garantindo incentivos e políticas específicas para o setor. Podemos crescer mais, em alguns pontos ainda não avançamos, mas só tropeça quem caminha. E nós construímos a base para caminhar para um futuro melhor”, destacou Sergio D'Alaqua.
Carlos Silva detalhou que o diálogo com o setor viabilizou debater novas ideias e superar as dificuldades. “ Os seminários, as reuniões e os debates fortaleceram os laços de amizade com o setor. Fica como legado a retomada da câmara setorial como um espaço de construção e organização do setor ervateiro. Temos a certeza que mudamos o patamar e cumprimos nossos compromissos assumidos no início de nossa gestão”, enfatizou o coordenador da câmara setorial da erva-mate.
Claudio Fioreze agradeceu a participação de todos e defendeu mais uma vez a organização de todas as cadeias produtivas como principal marca do último período. “Trabalhar de forma coesa com os setores, permitiu para a Seapa retomar seu protagonismo na criação de programas e políticas públicas em todas as áreas. Sabemos que há muito para ser feito, porém as maiores safras de grãos da história do Rio Grande do Sul nos dão a certeza que avançamos e recolocamos nosso estado no caminho do crescimento”, argumentou Fioreze. ao final da reunião.
Texto: Ricardo Lopes
Postado por:Elisete Bohrer
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