sexta-feira, 14 de março de 2014

Oxitocina pode ajudar no combate à anorexia, diz estudo

Hormônio do amor" mudaria forma como mulheres com a doença encaram os alimentos e o formato de seus corpos

A oxitocina, hormônio produzido no cérebro, é também conhecida como o “hormônio do amor” por estimular a produção de dopamina e serotonina, neurotransmissores associados às sensações de prazer e motivação, à melhora do humor e redução da ansiedade.

Pesquisas recentes vêm mostrando que a substância pode também contribuir com o combate a doenças como depressão e obesidade, além de ajudar no comportamento de crianças autistas. Agora, um estudo aponta para uma nova possibilidade do uso do hormônio: tratar a anorexia, doença para a qual ainda não existem medicamentos.

De acordo com os autores da pesquisa, a anorexia envolve problemas relacionados não somente à alimentação e formato do corpo, mas também à ansiedade e sensibilidade a emoções negativas.

— Pacientes com anorexia apresentam uma série de dificuldades sociais que geralmente começam na adolescência e antes de a doença se manifestar. Essas dificuldades são importantes para entender a anorexia— diz pesquisadora do Instituto de Psiquiatria da King's College London e coordenadora da investigação Janet Treasure.
Os cientistas deram doses de placebo a 64 mulheres com e sem anorexia e pediram que elas olhassem e descrevessem imagens de alimentos, de pessoas com formatos de corpos variados e de partes específicas do corpo, como olhos ou da boca. Depois, os autores repetiram o mesmo procedimento, mas, em vez de placebo, deram doses de oxitocina às participantes.
O estudo mostrou que, com o placebo, as mulheres com anorexia deram muito mais atenção às figuras de alimentos e de pessoas mais gordas – que, para elas, são imagens negativas — do que as mulheres saudáveis. No entanto, com a oxitocina, o foco das participantes anoréxicas nessas imagens diminuiu e a reação delas aos alimentos e formatos de corpo maiores ficou mais parecida com a das participantes saudáveis.
— Esse é um estudo inicial com um número pequeno de participantes, mas é extremamente animador ver o potencial que esse tratamento pode ter— comemora Janet.
Fonte: BEM-ESTAR
Postado por:Elisete Bohrer

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