Secretário do Ministério de Minas e Energia afirmou que risco de desabastecimento é baixo
O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, disse nesta quarta-feira, que o consumidor vai pagar, ao longo dos próximos cinco anos, pelos gastos com a compra de energia gerada por usinas térmicas e com a energia adquirida no mercado de curto prazo, devido à falta de chuvas. Zimmermann disse que o Tesouro Nacional antecipou recursos para as distribuidoras de energia no ano passado, mas reiterou que esses aportes serão cobrados nas tarifas pagas pelo consumidor nos próximos anos. "Não é subsídio", afirmou, durante audiência pública na Comissão de Minas e Energia na Câmara dos Deputados.• Risco de desabastecimento de energia é baixo, garante Zimmermann
Neste ano, além dos aportes do Tesouro, as distribuidoras poderão tomar empréstimos no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) para bancar essa conta. A despesa também será paga ao longo dos próximos anos. "A distribuidora vai receber esse recurso, captado por bancos privados e estatais que se interessarem, e essa operação deve começar em abril. Quem tinha muito contrato com térmicas vai lá, pega o empréstimo, e isso quem tem que pagar é o consumidor. E quando vai pagar? A partir do ano que vem", explicou.
"Vamos ter os reajustes normais das tarifas, mas para esse, excepcional, por causa da seca, temos um trunfo na mão." Segundo Zimmermann, esse trunfo é o fim da concessão de algumas usinas que não aceitaram renovar antecipadamente seus contratos, hoje nas mãos da Cesp, Cemig e Copel. O secretário disse que essas usinas têm aproximadamente 5 mil MW por um custo de pouco mais de R$ 100 por MWh. Com o fim das concessões, essas usinas serão relicitadas e o custo médio cairá para algo entre R$ 26 e R$ 30.
De acordo com ele, isso terá um efeito de abater parte do reajuste que o consumidor teria de pagar na tarifa devido à seca. "Vamos fazer esse repasse (dos empréstimos da CCEE) com um ano de carência porque no ano que vem teremos um fator redutor", afirmou. "Ou seja, a tendência é de neutralidade (na tarifa) para os próximos anos. Não se está empurrando reajuste nem segurando tarifa. É uma operação de mercado e que dará um benefício no ano que vem."
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