A Justiça de São Paulo negou hoje (4) o recurso do deputado Paulo
Maluf (PP-SP) no processo em que ele é acusado de envolvimento em desvio
de recursos públicos no período em que foi prefeito da capital
paulista, de janeiro de 1993 a dezembro de 1996. A ação refere-se ao
superfaturamento das obras do Túnel Ayrton Senna.
De acordo com o despacho judicial, Maluf teve os direitos políticos
suspensos por cinco anos e, em conjunto com os demais réus arrolados no
processo, terá de devolver ao município R$ 42,2 milhões, importância que
está sujeita a atualização monetária. Ainda cabem recursos da decisão
no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Supremo Tribunal Federal
(STF).
Os advogados de Maluf divulgaram nota na qual afirmam que ele não
será punido pela lei da Ficha Limpa. “A decisão tomada hoje pelo
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo não impede que Paulo Maluf
participe das próximas eleições”, diz a nota.
“Para ser impedido [de participar das eleições] pela Lei da Ficha
Limpa, é necessário que a condenação por improbidade administrativa
tenha as seguintes características, de forma cumulativa: proferida por
órgão colegiado; determine a suspensão de direitos políticos; que o ato
tenha sido praticado na modalidade dolosa; que o ato importe em prejuízo
ao erário; e que o ato cause enriquecimento ilícito do agente público",
explicam os advogados no comunicado. Segundo eles, a ausência de
qualquer uma dessas características faz com que a condenação não se
enquadre na Lei da Ficha Limpa.
A defesa de Maluf ressalta que o Tribunal de Justiça não condenou o
deputado pela prática de ato doloso, nem por enriquecimento ilícito. No
final, a nota dos advogados informa que, "oportunamente", o deputado
irá ao STJ e ao STF para recorrer da decisão condenatória.
Fonte::Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
segunda-feira, 4 de novembro de 2013
Maluf é condenado e tem direitos políticos suspensos por cinco anos
Postado por:Elisete Bohrer
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