terça-feira, 29 de outubro de 2013

Novo cálculo pode elevar preço da gasolina em pelo menos 5%

Petrobras quer adotar metodologia que leve em conta a variação da cotação do petróleo no mercado internacional
Caso seja aprovado o plano da Petrobras para resolver seus problemas de caixa, os consumidores podem se preparar para enfrentar solavancos nos preços dos combustíveis. A estatal propõe que os valores internos da gasolina e do óleo diesel mudem no Brasil conforme flutuam no mercado internacional, o que hoje significaria altas de no mínimo 5% na gasolina e 15% no diesel.
Detalhada na segunda-feira pelo diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, a iniciativa que inquieta consumidores animou investidores: fez com que as ações da estatal disparassem até 9,8% na bolsa de valores ontem. Explica-se: a estratégia atual do governo de segurar a alta de preços fragiliza as contas da Petrobras, que paga mais para importar derivados do que cobra dos consumidores.
Conforme Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), que monitora os preços internos e externos dos derivados, para equilibrar os valores hoje seria necessário um aumento de ao menos 5% na gasolina e de 15% no diesel. Nas contas da Petrobras, a defasagem é maior: 6,5% na gasolina e 19% no diesel. No entanto, observa Pires, na época em que o dólar disparou, entre junho e agosto, a política proposta teria gerado altas de até 30%.
Proposta depende ainda de aprovação do conselho
Escandalizado? É assim que se comportam os preços nos Estados Unidos. Lá, os valores nas bombas acompanham as variações do mercado externo — para cima e para baixo. Como as cotações do petróleo variam muito, porque dependem desde aspectos de oferta e demanda quanto de perspectivas de crescimento econômico e de situação geopolítica, haveria variações semanais e até diárias. O método prevê percentuais e períodos em que poderia haver reajustes, não detalhados pela Petrobras.
Esse novo método ainda não está aprovado. Falta o "de acordo" do conselho de administração da companhia, presidido pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, que poderá ser dado no dia 22 de novembro. Na semana passada, a presidente da Petrobras, Graça Foster, teve uma conversa de quase três horas com Mantega, da qual pouco se soube o conteúdo. Há meses, a estatal afirma que precisa reajustar os combustíveis.
Segundo Barbassa, não há um "plano B" se a proposta for rejeitada. Até a aprovação da nova fórmula, o método atual está em vigência, portanto não haveria obstáculos para um eventual ajuste de preços.
Entre 1998 e 2002, os preços de gasolina e diesel variavam conforme os preços internacionais. A partir de 2003, no governo Lula, os valores passaram a ter uma espécie de controle informal do governo para não impactar na inflação.
Na ponta do lápis
Se entrasse em vigor agora, o modelo resultaria em alta entre 5% e 6,5% na gasolina e entre 15% e 19% no óleo diesel. Neste ano, a gasolina já subiu 6,6% em janeiro, e o diesel teve duas altas, em janeiro e março, de 5,5% e 5%.
O que faz o preço subir
— Elevação do consumo
— Perspectiva de mais crescimento
— Ameaça de conflito em regiões produtoras, como o Oriente Médio
— Alta do dólar
O que faz o preço descer
— Redução no consumo
— Estimativa de crescimento menor
— Maior emprego de energias alternativas
— Baixa do dólar
Fonte:Zero Hora
Postado por:Elisete Bohrer

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