domingo, 9 de setembro de 2012

Sistema montado no Estado prevê tormentas com 24 horas de antecedência

Um sistema capaz de prever tempestades em território gaúcho com até 24 horas de antecedência será inaugurado oficialmente na quarta-feira, durante um evento em Porto Alegre.
Com a integração à Rede Brasileira de Detecção de Descargas Atmosféricas (BrasilDAT), o Estado saberá da aproximação de chuva forte, granizo e tornados localizados a até 600 quilômetros das seis antenas instaladas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Os equipamentos ficam em Santa Maria (Centro), Rio Grande (Sul), Uruguaiana (Fronteira Oeste), Santa Rosa (Noroeste), Viamão (Região Metropolitana) e Casca (Norte), e cobrem todo o território gaúcho. A confiabilidade é superior à dos aparelhos usados atualmente, porque eles constatam a radiação dos relâmpagos ocorridos dentro das nuvens, uma tecnologia que poucos países utilizam, de acordo com  Osmar Pinto Júnior, coordenador do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat), com sede em São José dos Campos (SP).
As antenas, norte-americanas, também identificam as descargas elétricas que chegam ao solo. Esse é o tipo de raio que os aparelhos atuais captam, com precisão menor.
– O novo sistema é de alta precisão: ele pode dar as coordenadas de cada raio. Isso vai permitir que se mobilize um conjunto de instituições para que entrem em ação, com  bom nível de acerto – diz o coordenador.
Sistema poderá ajudar a prevenir tragédiasAs novas antenas começaram a ser colocadas na região sul do país este ano. Já operam no Sudeste e, nos próximos meses, devem chegar ao Centro-Oeste, Nordeste e Norte. No Rio Grande do Sul, a instalação custou US$ 1 milhão, com recursos federais (50%) e de empresas privadas (50%).
A Defesa Civil celebra a novidade. O Estado sofre com a falta de uma cobertura efetiva. No biênio 2009/2010, o município de Santo Cristo (Missões) tornou-se o campeão gaúcho de incidência do fenômeno e, não por coincidência, já foi alvo de tempestades devastadoras. A repetição de tragédias poderá ser evitada.
– É uma informação de que estamos precisando, por ser mais segura e fidedigna. Quanto mais dados de meteorologia, mais previsões e perspectivas apuradas poderemos ter – salienta o coordenador da Defesa Civil, tenente-coronel Oscar Moiano.
ZERO HORA

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