quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Frente Parlamentar é criada em apoio à construção do hospital regional de Palmeira das Missões

Considerado o maior projeto de saúde pública do Estado, a construção do Hospital Público Regional (HPR) a ser erguido em Palmeira das Missões conta agora com mais um importante aliado. No início da tarde desta quarta-feira (20), por proposição do deputado Jéferson Fernandes (PT), foi constituída a Frente Parlamentar pró-implantação da unidade, em ato que contou com participação de prefeitos e lideranças da região, deputados federais, estaduais e integrantes dos movimentos sociais que há mais de dez anos vêm lutando em razão da carência dos atendimentos de média e alta complexidade na região.

O HPR será erguido em Palmeira das Missões e é uma ampliação do já existente Hospital Divina Providência de Frederico Westphalen, no norte do Rio Grande do Sul. Com 100% do atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o HPR será um dos hospitais públicos mais modernos do Brasil. Para a construção, já foram liberados pelo Governo Federal perto de R$ 60 milhões, que já estão na conta da prefeitura em convênio com a Caixa. A obra terá custo total de R$ 160 milhões, com recursos da União, custo de equipamentos a cargo do Estado e manutenção dividida entre os governos estadual e federal.

"Há mais de uma década que estamos lutando pelo hospital, cuja necessidade está consolidada. A instalação desta Frente Parlamentar é mais uma demonstração simbólica de que nós, aqui no parlamento, estamos unidos a esses 72 municípios que serão atendidos pelo complexo, que ficará 24 horas de portas abertas para atender toda a população, independentemente de ter dinheiro ou não", declarou o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Edegar Pretto (PT).

Projeto já está aprovado na Fepan, Anvisa, Bombeiros, RGE e Corsan, porém a demora ocorreu, de acordo com os relatos feitos durante a instalação da Frente, por ser um projeto grande proporção e com dificuldades técnicas de média e alta complexidade e cujo orçamento, quando foi aprovado pela Caixa Econômica Federal, encontrava-se defasado, tendo de ser totalmente refeito com apoio do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Segundo Plínio Simas, do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e membro da coordenação da comissão pró-hospital, com a aprovação pela Caixa do orçamento atualizado o TCE deve autorizar o início das obras. "Solicitamos o acompanhamento do Tribunal para que tenhamos muita tranquilidade na execução dos trabalhos, para que este não inicie e pare", explicou Simas, destacando ser possível que o início das obras ocorra ainda na metade do ano que vem. "Estamos otimistas e neste momento precisamos ter muita unidade política, fato que se refletiu aqui na instalação da Frente", afirmou o dirigente.

A população a ser atendida pelo hospital abrange 500 mil habitantes, sendo que mais de 80% é dependente do Sistema Único de Saúde (SUS), e cerca de 50% mora no campo. Pelo projeto, o HPR contará com 220 leitos no total, sendo 39 de UTI, 180 de internação e 5 de berçário para cuidados intermediários. Ja a área construída, localizado ás margens da BR-468, será de 30.216,24 m², contemplando nove blocos. A estrutura ainda contará com espaço para ensino e pesquisa. Serão oito salas cirúrgicas, uma sala cirúrgica obstétrica, sala de recuperação e 15 leitos de apoio. Os leitos de UTI serão divididos em 20 leitos adultos, 10 leitos de UTI Neonatal e nove de UTI Pediátrica.

Outro ponto destacado nas falas de todos os presentes que se manifestaram durante a atividade da Frente Parlamentar, o HPR é uma conquista que vai mudar o cenário da saúde na região, garantindo acesso para as comunidades que não precisarão se deslocar mais até municípios como Passo Fundo, Ijuí, Santa Maria e Porto Alegre. Além do aspecto positivo vinculado à saúde pública, o HPR irá gerar aproximadamente 1.200 empregos diretos, sendo 700 na área da saúde como médicos e enfermeiros e irá oferecer atendimento em traumatologia e ortopedia, neurologia, obstetrícia, oncologia, urologia, cardiologia, hemodiálise, emergência de baixa, média e alta complexidade, serviços de diálise, patologia clínica, fisioterapia e quimioterapia.

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