Mais de 16 mil pessoas morreram por causa da doença no Estado entre 2003 e 2014
O primeiro boletim epistemológico com dados de doenças sexualmente transmissíveis no Rio Grande do Sul mostrou que o Estado ainda tem taxa de detecção de Aids muito superior (38,3 casos para cada 100 mil habitantes) da registrada no Brasil (19,7 para cada 100 mil). Os dados divulgados nesta sexta são referentes a 2014 e o documento também traz as estratégias para prevenir e tratar tanto o HIV, como a sífilis.
Para combater a doença, o Estado quer intensificar o acesso aos testes rápidos. “Estamos estimulando e aumentando o acesso. Além da prevenção, o diagnóstico diminui a possibilidade da transmissão”, declarou o secretário estadual da Saúde, João Gabbardo.
“As altas taxas nos colocam na responsabilidade de continuar trabalhando para intensificar o que temos feito. Ainda estamos longe de estarmos satisfeitos com os resultados apresentados”, disse. Entre janeiro de 1982 e junho de 2014, foram detectados 76.304 casos de Aids no Rio Grande do Sul.
Apesar de na comparação o Estado ter índices maiores, houve redução de 10,1% de 2012 a 2014. Foram 42,6 casos para cada 100 mil habitantes em 2012 e 38,3 em 2014. A estimativa é que 734 mil pessoas vivem com Aids no país, o que significa uma prevalência de 0,4%.
A taxa de detecção de Aids em homens tem reduzido no Estado nos últimos anos. De 2007 a 2013, a redução foi de 102% - de 51,8 casos para cada 100 mil habitantes para 46,5. Entre as mulheres, passou de 41,3 para 33,3 – queda de 19,4%.
Conforme o boletim, a maior concentração da doença está entre pessoas entre 30 e 39 anos (33%) no Brasil. De 40 a 49, chega a 24,1% e de 20 a 29, são 21,2%. Outra preocupação é com as gestantes. De 2000 a 2015, o Rio Grande do Sul notificou 16.011, representando 18,4% dos casos.
Mais de 141,1 mil pessoas morreram por cauda da Aids no Brasil de 2003 a 2014. Do total, 16.763 estavam no Rio Grande do Sul. A tem relação com vários fatores. Conforme com o secretário, uma das explicações pode ser a eficiência no sistema de informações do RS, que pode causar distorção na comparação com outros Estados. “Talvez outros estados não tenham o mesmo nível de notificação, mas não podemos afirmar que seja isso. Tem também a questão comportamental.”
Fonte: Correio do Povo
Postado por: Claudinara Glienke
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