Licenciamento ambiental acaba por vezes liberando a caça em áreas críticas para conservação
Cerca de 300 espécies da fauna silvestre estão ameaçadas de extinção no Rio Grande do Sul. A informação faz parte da Lista Vermelha do Rio Grande do Sul e foi apresentada nesta segunda-feira durante o seminário Situação da Fauna Silvestre no Rio Grande do Sul, realizado no auditório do Ministério Público.
Segundo o coordenador do Instituto Curicaca, Alexandre Krob, para a proteção das espécies é preciso aperfeiçoar as políticas estadual e federal e intensificar os atos conjuntos de fiscalização entre os órgãos de proteção ambiental e o Ministério Público. “Temos um conjunto de espécies que estão protegidas e ao mesmo tempo essas espécies sofrem pressão de caça e de pesca e não temos uma estrutura para protegê-las”, explica. Outro problema, segundo Krob, diz respeito ao licenciamento ambiental que acaba por vezes equivocadamente licenciando a caça em áreas que são críticas para conservação das espécies da fauna silvestre.
O seminário discutiu ainda a cooperação entre a União e o Estado para a implementação de políticas públicas para a efetiva proteção da fauna silvestre.
O evento contou com a participação de representantes do Ibama, do Ministério Público do Rio Grande do Sul, da Faculdade de Veterinária e do Instituto de Biociências da Ufrgs, de estudantes de Biologia, e do setor de fauna da Secretaria do Meio Ambiente. O seminário terá nesta terça-feira debates sobre os desafios do comércio ilegal da fauna silvestre, experiências do Ibama na soltura de fauna silvestre no Estado e o projeto de reabilitação de aves silvestres no Rio Grande do Sul.
Fonte: Correio do Povo
Postado por: Claudinara Glienke
Nenhum comentário:
Postar um comentário