
Djalma comandava o programa "Acorda, Cidade!" e recebia constantes ameaças. O trabalho dele era voltado principalmente para crimes e política. Recentemente, o jornalista decidiu apurar o assassinato de uma adolescente por traficantes da região. "Ele foi ao local do crime sozinho, já que a polícia temia iniciar uma guerra com os criminosos", relatou à Época Roseane Silva, colega dele na rádio. O radialista chegou a pedir permissão aos traficantes e ajudou a recuperar o corpo para enterrar.
Djalma também era proprietário de uma empresa de dedetização e um bar na cidade vizinha de Governador Mangabeira, onde morava com a família. Foi no bar que o jornalista foi sequestrado por volta das 23h30 da última sexta-feira (23/5).
Três homens encapuzados saíram de um carro branco, ainda não identificado pela polícia, e obrigaram Djalma a entrar no porta-malas. O jornalista costumava usar colete à prova de balas, mas foi encontrado desprotegido, com marcas de pelo menos 15 tiros.
Os policiais encontraram no local 25 cápsulas de pistolas 0.40, 0.45 e 0.380. Djalma estava com a língua cortada e o olho direito arrancado. Um investigador da cidade, que pediu para não ser identificado, afirmou que, por ser na beira de duas estradas importantes (a BR-101 e a BA-052), o comércio da região é alvo de assaltos frequentes.
O presidente do Sindicato de Radialistas da Bahia, Everaldo Monteiro, declarou que "infelizmente, até o momento, não fui procurado por ninguém do governo nem do Conselho Estadual de Comunicação para tratar do assunto".
O governador da Bahia, Rui Costa (PT), informou, por meio de seu assessor de imprensa, Ipojucã Cabral, que "todos os crimes têm o mesmo tipo de empenho do governo nas investigações, independentemente se for médico, engenheiro ou jornalista".
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