No local foi encontrado o vigia de uma empresa terceirizada, que prontamente facilitou o acesso dos policiais ao local. No pavilhão foram encontrados móveis e até mesmo a placa do antigo escritório do advogado. Em uma sala anexa foram encontrados diversas caixas de arquivos contendo processos dos clientes do advogado contra a Brasil Telecom. Informações dão conta de que antes do estouro da Operação Carmelina, ainda no mês de fevereiro, Dal Agnol foi visto saindo do local carregando quatro grandes sacolas. As armas e munições foram todas apreendidas, assim como os documentos que serão analisados pelos agentes. O local foi lacrado para que investigações possam ter sequência de forma tranquila.
As armas encontradas são: dois fuzis de uso restrito das Forças Armadas, uma carabina calibre 22 e uma carabina calibre 38, ambas com supressor de ruído (silenciador), quatro espingardas calibre 12, sendo duas semiautomáticas e duas com repetição. A maioria da munição, de diversos calibres é de orgiem estrangeira, o que também é ilegal. O delegado Mauro Vieira informou que é impossível fazer o registro dessas armas na Polícia Federal. “Um fuzil desses tem alcance de até três mil metros e são todas armas muito perigosas e de uso restrito. Não existe forma de fazer o registro dessas armas”, conta. Ainda segundo ele, uma das armas é americana e outra italiana.
De acordo com um dos agentes, as armas foram encontradas em uma sala ao lado de um depósito, sem qualquer tipo de segurança, onde estão diversas caixas contendo processos de clientes do advogado contra a Brasil Telecom. Um dos delegados disse à reportagem da Rádio Planalto que eles conseguiram apreender o material graças a telefonemas anônimos de pessoas que sabiam o que se passava naquele local. “Como ele (Dal Agnol) não é cadastrado nas Forças Armadas nem como atirador, nem como colecionador, essas armas apreendidas aqui são todas ilegais”, afirma o delegado.
Confira as entrevistas direto do local com a reportagem da Rádio Planalto.
Texto e Fotos: Rodrigo Accorsi / Álvaro Henkes
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