Na manhã de quarta-feira, 9, a Polícia Federal de Passo Fundo localizou
oito armas de uso restrito, um arsenal em munições e, milhares de
documentos em um pavilhão de propriedade do advogado Mauricio Dal Agnol,
localizado na rua do Retiro, bairro Bosque Lucas Araújo, número 1350.


No
local foi encontrado o vigia de uma empresa terceirizada, que
prontamente facilitou o acesso dos policiais ao local. No pavilhão foram
encontrados móveis e até mesmo a placa do antigo escritório do
advogado. Em uma sala anexa foram encontrados diversas caixas
de arquivos contendo processos dos clientes do advogado contra a Brasil
Telecom. Informações dão conta de que antes do estouro da Operação
Carmelina, ainda no mês de fevereiro, Dal Agnol foi visto saindo do
local carregando quatro grandes sacolas. As armas e munições foram
todas apreendidas, assim como os documentos que serão analisados pelos
agentes. O local foi lacrado para que investigações possam ter sequência
de forma tranquila.


As armas encontradas
são: dois fuzis de uso restrito das Forças Armadas, uma carabina
calibre 22 e uma carabina calibre 38, ambas com supressor de ruído
(silenciador), quatro espingardas calibre 12, sendo duas
semiautomáticas e duas com repetição. A maioria da munição, de diversos
calibres é de orgiem estrangeira, o que também é ilegal. O delegado
Mauro Vieira
informou que é impossível fazer o registro dessas armas na Polícia
Federal. “Um fuzil desses tem alcance de até três mil metros e
são todas armas muito perigosas e de uso restrito. Não existe forma
de fazer o registro dessas armas”, conta. Ainda segundo ele, uma
das armas é americana e outra italiana.


De acordo com um dos
agentes, as armas foram encontradas em uma sala ao lado de um
depósito, sem qualquer tipo de segurança, onde estão diversas
caixas contendo processos de clientes do advogado contra a Brasil
Telecom. Um dos delegados disse à reportagem da Rádio Planalto que
eles conseguiram apreender o material graças a telefonemas anônimos
de pessoas que sabiam o que se passava naquele local. “Como ele
(Dal Agnol) não é cadastrado nas Forças Armadas nem como atirador,
nem como colecionador, essas armas apreendidas aqui são todas
ilegais”, afirma o delegado.


Confira as entrevistas direto do local com a reportagem da
Rádio Planalto.
Texto e Fotos: Rodrigo Accorsi / Álvaro Henkes
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