sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Pai é condenado a 17 anos de prisão pela morte da filha

Um dos julgamentos mais esperados do ano na região ocorreu nesta quarta-feira (10), no Fórum de Gaurama, onde o réu Genoir Luis Bortoloso, acusado de planejar e cometer o assassinato da própria filha, Ketlin Aparecida de Jesus Bortoloso, foi a júri popular.
O crime ocorreu no dia 10 de agosto de 2011, na Linha Dourado, interior do município de Gaurama e causou comoção na comunidade pelo desfecho da situação. A juíza de direito Marilde Angélica Webber Goldschmidt , comandou o julgamento que teve a presença do promotor de Justiça João Francisco Campello Dill, a defensora pública Cristiane Pretto e o assistente de acusação Érico Alves Neto. Diversas pessoas da comunidade compareceram para assistir ao juri.
Segundo o que apontou a investigação da polícia e aos autos do processo, o crime foi premeditado. Pois Genoir teria ido até a casa de Ketlin para irem a Gaurama com a promessa de ensiná-la a dirigir. Contudo em certo ponto da estrada eles teriam pegado um atalho por uma estrada vicinal, onde já se encontrava Jair Rivelino Satonino. Bortoloso teria parado o veículo pedindo que a filha verificasse se havia um pneu furado e quando isso aconteceu ela foi surpreendida por Satonino que munido com arma de fogo e munição disparou contra a vítima. Contudo, a arma teria falhado e nesse momento Genoir teria descido do veículo pegado o revólver e efetuado os demais disparos.
Com as investigações se apurou que o objetivo de Genoir seria se vingar da mãe da vítima, sendo que em período anterior ao fato, teria procurado se aproximar da filha e convencido Ketlin a realizar um seguro de vida onde ele era o único beneficiário da apólice.
Além de preparar para o receber o seguro, que na época gerava o valor de R$ 100 mil, Genoir contratou Jair Rivelino Satonino, prometendo o pagamento que seria realizado em parcelas, fornecendo também o revólver e munição para o crime.
Na sentença proferida pela juíza, foi considerado pelo conselho de sentença a qualificação do delito, onde foi destacada a impossibilidade de defesa de Ketlin, bem como a majorante ela vítima ser descendente de Genoir. A confissão espontânea do crime foi fator de redução da pena. Com isso, a pena final fixada foi de 17 anos de reclusão em regime inicial fechado.
Bortoloso foi preso logo após o velório de Ketlin que na época tinha 18 anos. Ele é casado com outra mulher e a paternidade de Ketlin seria fruto de uma relação extraconjugal reconhecida somente em juízo, e o pagamento da pensão alimentícia também seria uma das motivações para o crime.
A mãe de Ketlin, Ana Ribeiro de Jesus, assim com o irmão da vítima, acompanharam todo o julgamento. Emocionada Ana explicou que a condenação de Genoir não fará voltar sua filha, mas que alivia a dor da perda por saber que o crime não ficou impune. “ Ela não volta mais, não vou poder abraçar ela, vê-la casar, conhecer meus netos, então essa é uma dor que nunca vai passar”, disse.
Mesmo com a condenação de 17 anos de prisão, na saída do fórum entrando no veículo para ser encaminhado ao presídio, Genoir Bertoloso não parecia resignado com a condenação e enquanto era conduzido pelos agentes penitenciários e policiais militares sorriu para sua esposa e disse: “eu falei”.
Fonte: Redação Erechim
Foto: Jéssica França
Postado por:Elisete Bohrer

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