sábado, 20 de dezembro de 2014

Novos extintores serão regra a partir de 2015

Após o anúncio das novas Carteiras Nacionais de Habilitação (CNHs) e das alterações nas placas de carros, que deverão ser unificadas nos países integrantes do Mercosul, agora, segundo uma determinação do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), os veículos deverão ser equipados, a partir de 1º de janeiro de 2015, com extintores de incêndio de pó químico do tipo ABC. De caráter obrigatório, com base na Resolução nº 333/2009, a medida prevê multas e perda de pontos na carteira aos motoristas que não a cumprirem, além da retenção do veículo até a regularização.
A nova regra está contida em uma resolução do CONTRAN, editada em 2004 e, posteriormente, suspensa, sendo colocada em prática mais uma vez em 2009. Com ela, os extintores do tipo BC integraram os carros fabricados até 2004, explicitando que os montados a partir de 2005 deveriam ser equipados com os do tipo ABC. “Acredito que, depois de 1º de janeiro de 2005, os veículos já foram fabricados de acordo com a lei. No entanto, o proprietário do veículo deve verificar o equipamento, pois, às vezes, a concessionária pode ter esquecido de trocar o apetrecho e ele pode ter problemas na via”, indica o Coordenador do Centro de Registro de Veículos Automotores (CRVA) de Passo Fundo, Roberto Francisco Serraglio.
O novo extintor tem capacidade de combater incêndios em peças do carro que o BC não conseguia e não pode ser carregado após o uso, sendo descartado. “O tipo BC, utilizado até hoje, tinha validade de apenas um ano e combatia incêndios de líquidos inflamáveis e de equipamentos elétricos. O ABC, além de combater esse tipo de incêndio, apaga o fogo de estofados e de partes de borracha, por exemplo, tendo duração de cinco anos”, explica Roberto.
Em lojas da cidade, o extintor ABC custa acima de R$ 65,00. O preço é considerado baixo, analisando a sua duração e a proteção que ele oferece. “Esse valor é o de troca. As pessoas podem levar o seu exintor antigo e trocá-lo com a empresa”, afirma o coordenador.
Conforme o artigo 230, incisos IX e X, do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), conduzir o veículo sem equipamento obrigatório ou com equipamento obrigatório em desacordo com o estabelecido pelo Contran é infração grave e o proprietário do veículo está sujeito a multa de R$ 127,69, mais 5 pontos na Carteira de Habilitação.
Placas
A partir de janeiro de 2016, as placas de veículos do Brasil serão padronizadas com as utilizadas em outros países do Mercosul. A regra atingirá a frota de quase 110 milhões de veículos do Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela, tendo como objetivo fortalecer a circulação entre os cinco países. “É uma medida de pradonização, importante para todos os países, pois, acima de tudo, facilita a consulta de veículos por parte dos órgãos de fiscalização”, comenta Roberto.
As novas placas adotadas no Mercosul terão as mesmas dimensões das já utilizadas no Brasil e o design será semelhante ao que existe nos países da União Europeia, com fundo branco e faixa azul na parte superior. Para a identificação, haverá o símbolo do Mercosul à esquerda, além do nome e da bandeira do país de origem do veículo.
Apesar de todas as alterações, a maior a ser levada em conta será a identificação, que passará de três letras e quatro números para duas letras, três números e mais duas letras. Esse modelo é capaz de gerar cerca de 450 milhões de combinações, 275 milhões a mais de possibilidades que existem hoje. “A placa atual estava no seu limite de combinações e, em alguns estados, estavam ficando sem em razão do aumento de veículos. Haverá mais placas disponíveis”, enfatiza o coordenador.
Roberto pondera, ainda, que a norma servirá apenas para os carros que forem vendidos a partir de 2016 ou que tenham sido enviados a outros municípios ou precisem mudar o lacre da placa. “Não é obrigatório que os carros vendidos antes data tenham a placa alterada, mas, conforme a legislação atual, o motorista que quiser obter a nova poderia obtê-la. Não sei como ficaria o custo, pois vai mudar o material e a textura. Essa regra de troca pode vir a mudar também. Tudo pode acontecer depois de 2016 e, talvez, o sistema ainda não está preparado para essa troca”, finaliza.
CNH
A partir de julho de 2015, a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) terá um novo modelo. Contendo 28 dispositivos de segurança, 8 a mais do que o utilizado atualmente, ele foi criado para impedir falsificação e adulteração. Entre eles os novos dispositivos, está um código cifrado com informações criptografadas, que poderá ser lido por agentes de trânsito através de aplicativos de celulares. Esse item vai servirá para a identificação de fraudes.

A documentação do veículo, que contém os certificados de registro e de licenciamento, terá mudanças e contará com 17 dispositivos de segurança. A meta é evitar golpes no pagamento de licenciamento e Imposto de Propriedade de Veículo Automotor.
Esse modelo da habilitação foi elaborado durante discussões que envolveram órgãos como Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), Conselho Nacional de Trânsito, Polícia Federal, e departamentos estaduais de Trânsito. Conforme o Denatran, as mudanças não vão implicar muito na aparência dos documentos ou aumentar o custo para os condutores e proprietários de veículos.
De acordo com o Centro de Formação de Condutores (CFC) Autotec, os preços para tirar a carteira terão um aumento em 2015, mas é como acontece anualmente. “A carteira aumentará em meados de fevereiro, mas não sabemos informar quanto”, afirma a representante de marketing, Natália Tussi, ressaltando que, a partir de dezembro deste ano, houve um acréscimo de 5 horas de aula prática de direção veicular com o uso de simuladores. A mudança já funcionava no Estado há algum tempo e, por isso, ela não causará diferença. 
Fonte:Liliana Crivello - Andressa Zorzetto 
Diário da Manhã 
Postado por:Elisete Bohrer

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