terça-feira, 12 de agosto de 2014

Ministério da Agricultura assegura qualidade do leite gaúcho

Índice de conformidade das amostras foi de 97,4% em 12 meses
O índice de conformidade das amostras de leite coletadas pela fiscalização do Ministério da Agricultura (Mapa) no Rio Grande do Sul é de 97,4% nos últimos 12 meses. O número foi divulgado nessa segunda-feira pelo diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) da Pasta, Leandro Feijó, com a intenção de tranquilizar os consumidores. Segundo ele, a pesquisa de substâncias ilícitas no leite faz parte da rotina dos fiscais agropecuários.
Feijó rebateu as declarações do secretário da Agricultura, Claudio Fioreze, que, na semana passada, criticou a postura do Mapa na divulgação das fraudes. Ele sustentou que não houve nenhuma ação exagerada por parte do ministério. “Acredito na responsabilidade compartilhada. Não dá para trabalhar com falas que não viram ações concretas”, afirmou. Feijó informou que o Mapa trabalha no aperfeiçoamento de ações, como na área laboratorial, com a informatização do sistema para ter mais rapidez na expedição dos laudos sem deixar de garantir a qualidade. Uma das críticas das cooperativas era que os resultados levavam até 15 dias para serem divulgados.
Sobre o suposto uso de álcool etílico para mascarar a adição de água, identificada em amostras de leite cru, o Mapa confirmou que pelo menos uma das cooperativas apurou o envolvimento de produtores. Segundo o secretário substituto de Defesa Agropecuária do Mapa, Marcos Valadão, após a detecção da fraude, Piá e Santa Clara intensificaram os controles e uma delas tomou providências. Contudo, o ministério não revelou qual delas, já que as duas tiveram problemas relacionados ao controle de qualidade da matéria-prima recebida e processada.
Nenhuma das cooperativas confirmou o desligamento de produtores, embora há uma semana, no lançamento da 37ª Expointer, o diretor da Piá, Jeferson Adonias Smaniotto, tenha afirmado que a cooperativa afastou preventivamente transportador e produtores que pudessem estar envolvidos. A posição da indústria é de que possui dois laudos comprovando que a matéria-prima processada não foi adulterada. A Santa Clara também não reconhece a identificação e o desligamento de produtores. Para rebater a informação, a cooperativa informou que seis produtores e o transportador da rota onde foi identificado leite contaminado jamais tiveram problemas e cargas recusadas por adição de álcool etílico.
Embora as cooperativas insistam que os laudos das análises feitas das indústrias comprovem que o produto final não contém substâncias ilícitas, Feijó destacou que a legislação é clara e proíbe processamento de matéria-prima imprópria para consumo. “Por isso trabalhamos com o monitoramento do leite cru”, explicou. Agora, o Ministério monitora o plano de ação apresentado pelas empresas “para mitigar novas ocorrências”. As empresas ainda não foram julgadas pelo Mapa, e a multa pode chegar a R$ 15,6 mil.
Fonte: Bruna Karpinski / Correio do Povo
Postado por:Elisete Bohrer

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