sexta-feira, 23 de maio de 2014

Mudança no modelo de atendimento dos hospitais de pequeno porte não prejudicará atendimento da população

A mudança do modelo assistencial dos hospitais de pequeno porte não provocará prejuízos às instituições nem ao atendimento da população. A afirmação é da secretária de Saúde do Rio Grande do Sul, Sandra Fagundes.
“Nenhum hospital será fechado e ninguém ficará sem atendimento. Vamos pactuar todas as mudanças com os prefeitos”, disse a secretária Sandra Fagundes
Até o momento, 39 instituições optaram pela inclusão no chamado grupo 2 e se propuseram a reorganizar seus serviços. Em 2013, este grupo respondeu por 0,05 por cento dos procedimentos cirúrgicos e 0,19 por cento dos partos realizados no Estado.  Entre as instituições que aderiram ao novo modelo de financiamento, 27 hospitais não realizaram qualquer procedimento cirúrgico e outras 26 também não fizeram partos no mesmo período.
A proposta de mudança no financiamento dos hospitais de pequeno porte faz parte de uma política estadual de incentivo hospitalar e tem como objetivo estabilizar financeiramente as instituições e garantir a segurança dos procedimentos. A mudança do perfil assistencial é uma opção para instituições que não tem uma escala de atendimento e já sofrem com problemas financeiros, mas só será autorizada pela Secretaria Estadual de Saúde após garantia de atendimento pleno à população.
As instituições que poderiam optar pela nova forma de financiamento seriam hospitais com até 50 leitos e que realizam no máximo 20 partos ou cirurgias mensalmente.  Estas instituições não têm volume de atendimento e são prejudicadas pelo pagamento por produção, além de terem dificuldade na fixação de equipes nos serviços, muitas vezes empregando profissionais em regime de sobreaviso que atuam em várias cidades da região.
A medida implica na mudança do perfil assistencial e na reorganização de serviços de obstetrícia e de pequenas cirurgias, oferecidos por instituições que já apresentam um baixo volume de atendimentos. A proposição foi baseada em um estudo da ocupação de UTIs neonatais do estado que demonstrou uma presença expressiva de bebês que foram encaminhados de outras instituições, em conseqüência de complicações por problemas no nascimento.
Com a adesão voluntária ao novo modelo, os pequenos hospitais passariam a se dedicar ao cuidado de pacientes crônicos, que necessitam de longos períodos de internação. A medida, inspirada em experiências internacionais, prepara o sistema para responder ao perfil de saúde do estado que tem uma população em processo de envelhecimento.  Já os pacientes que precisam de centro obstétrico ou cirúrgico poderiam contar com serviços maiores em hospitais de referência na região. Estes hospitais estarão a, no máximo, 50 km de distância e as gestantes serão orientadas durante o pré-natal sobre a instituição onde serão atendidas.
A secretaria instituiu um grupo de trabalho ligado ao gabinete e deve analisar com prioridade os casos dos hospitais que querem rever a sua opção pela mudança do financiamento.
Desempenho dos 39 hospitais G2 em 2013
Cirurgias
27 hospitais não realizaram qualquer procedimento
12 hospitais juntos realizaram 233 procedimentos (0,05 por cento das cirurgias realizadas no Estado)

Partos
26 hospitais não realizaram partos
13 hospitais realizaram 262 partos (0,19 por cento dos partos realizados no Estado)
Fonte:Heloise Santi
Postado por:Elisete Bohrer

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