domingo, 19 de janeiro de 2014

PF prende suplente de deputado suspeito de participar de desvio na Caixa

A Polícia Federal prendeu, na tarde deste sábado, no Maranhão, o suplente de deputado federal Ernesto Vieira Carvalho Neto. Filiado ao PMDB, ele é suspeito de fazer parte do esquema que desviou cerca de R$ 73 milhões da Caixa Econômica Federal, no final de 2013. O crime é tratado como a maior fraude já sofrida pela instituição.

Segundo o delegado federal Omar Pepow, o suplente foi detido entre as cidades de Carolina e Estreito, na região sul do estado. Neto está sendo conduzido para Araguaína, onde deve prestar depoimento ainda neste sábado. Pepow afirmou que ao investigar a fraude denunciada pelo próprio banco estatal, a PF encontrou indícios de que Neto forneceu uma conta de luz de uma ex-empregada sua para que integrantes do esquema abrissem uma conta-corrente numa agência da Caixa de Tocantinópolis, em Tocantins.

Pouco tempo depois, os cerca de R$ 73 milhões foram depositados nessa conta, como se fossem o pagamento de um prêmio da Mega Sena que nunca existiu. Por fim, o dinheiro foi transferido para várias contas. Durante as investigações das denúncias apresentadas pela Caixa, a PF prendeu o ex-gerente-geral da agência de Tocantinópolis Robson Pereira do Nascimento.

De acordo com o delegado federal, há gravações de conversas telefônicas, obtidas com autorização judicial, em que o ex-gerente, pouco antes de ser preso, pede ajuda a Neto para se defender, demonstrando já ter conhecimento de que a PF investigava o assunto e identificara alguns dos envolvidos no esquema. Segundo a PF, aproximadamente 70% do total desviado foi recuperado. As investigações continuam. Quatro pessoas estão sendo procuradas. Além de cinco mandados de prisão preventiva, a Justiça expediu dez mandados de busca e apreensão e um de condução coercitiva a serem cumpridos em Goiás, Maranhão e São Paulo.

Ao todo, 65 policiais federais do Tocantins, de Goiás, do Maranhão e de São Paulo participam da operação, que recebeu o nome de Éskhara e conta com o apoio do Ministério Público Federal.
Fonte: Agência Brasil

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