quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Proteção contra o câncer de pele deve começar antes do verão

Áreas como rosto, peito e ombros exigem maior cuidado

A exposição aos raios solares exige cautela muito antes da chegada do verão. No mês de outubro, os  gaúchos ficaram em alerta diante dos episódios de alto índice de radiação solar que, em plena primavera, equivaleu-se a um dia de verão intenso.

Segundo um estudo desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), em decorrência do "efeito secundário do buraco de ozônio Antártico", fenômeno que atingiu o Estado em razão do deslocamento de massas de ar pobres em ozônio da região Antártica, que favorecem a passagem dos raios solares nocivos à pele. A pesquisa sugere que esse episódio poderá acontecer outras vezes antes do verão, por isso, é preciso ficar atento.
Segundo a dermatologista Louise Lovatto, a prevenção contra a exposição ao sol deve começar ainda na infância.

— Sabemos que a radiação solar possui um efeito cumulativo na pele e que as queimaduras solares na infância aumentam o risco de câncer de pele na vida adulta. Pessoas que já apresentam muitas manchas devido às queimaduras prévias têm um risco aumentado de câncer de pele independente se continuarem ou não se expondo ao sol — alerta Louise.

E essas queimaduras podem afetar diversas áreas do corpo, especialmente face, ombros e peitos, regiões mais susceptíveis.

— Peles mais sensíveis também são aquelas que queimam com facilidade e nunca ou raramente bronzeiam. Essas, certamente, necessitam de mais cuidado com a exposição solar — avisa.

O perigo dos raios solares

Em alguns estabelecimentos, os cremes de fator de proteção solar indicam o efeito contra raios ultravioleta B, que são os causadores das queimaduras na pele. No entanto, todos os tipos de raios exigem atenção e proteção, já que o corpo humano está propenso a desenvolver doenças e neoplasias dermatológicas em consequência de todos eles.

— A radiação ultravioleta A, a UVA, que atinge de forma mais profunda a pele, é praticamente constante durante o todo o dia e a principal envolvida nas câmaras de bronzeamento. É responsável pelo envelhecimento e pelas manchas — explica a dermatologista, frisando que ambos os raios, UVA e UVB, estão associados ao câncer.

Há ainda o raio infravermelho, o IV, que se torna um perigo ao corpo humano quando há exposição solar intensa.

— A radiação infravermelha é outra parte da radiação solar, que penetra mais profundamente do que a radiação ultravioleta e é a responsável pela sensação de calor. Estudos recentes demonstram que esses raios podem contribuir com o envelhecimento da pele — conta a especialista.

A escolha do protetor

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) recomenda o uso de protetores solares diariamente nas áreas expostas ao sol, antes e durante o verão. Além dos cremes, é possível prevenir-se também com a proteção mecânica como roupas, chapéus e óculos de sol. Na hora de procurar pelo produto ideal, a recomendação é que seja um fotoprotetor com FPS de, no mínimo 30. Mas a especialista indica ainda mais alguns cuidados.

— Peles mais sensíveis, com doenças de pele como Lupus e manchas como o melasma, requerem fatores de proteção inda mais elevados. A radiação UVA também é bastante nociva à pele, por isso devemos buscar protetores solares de amplo espectro UVA/UVB. A proteção contra os raios UVA também é indicada nos rótulos como PPD, que deve ser ao menos 1/3 do FPS — detalha Louise.

Reduza o risco de câncer

A forma mais efetiva de se evitar o risco de câncer de pele é seguir algumas regras de proteção à exposição solar, como:

— Minimizar o tempo de exposição ao sol em ambientes externos durante os horários de maior radiação UV (das 10h às 16h)
— Evitar queimaduras solares e nunca frequentar câmaras de bronzeamento artificial
— Usar filtros solares com fator de proteção solar (FPS) idealmente igual ou acima de 30, reaplicando sempre que necessário e se houver transpiração excessiva ou exposição à água
— Usar chapéus de aba larga, roupas protetivas e óculos de sol
— Preferir reposição de vitamina D através da dieta ou suplemento oral ao invés de exposição solar
— Auto-exame mensal em frente ao espelho à procura de lesões que não cicatrizam, de surgimento recente ou com modificações nas pintas
— Avaliação médica imediatamente ao observar lesões suspeitas. O câncer de pele é curável quando detectado precocemente

Fonte:BEM-ESTAR
Postado por:Elisete Bohrer

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