Atividade comercial que perdura há décadas
A atividade comercial dos moinhos e dos moleiros perdura há décadas.
Quem nos conta um pouco desta história é Vilmar Baungartner Beutler, atual
proprietário do Moinho Colonial Beutler que desde a década de 60, mantém o
sistema de moagem de milho e trigo para farinha.
Nesta época Linha Progresso, hoje distrito de Três Palmeiras,
pertencia a Sarandi e o responsável pelo moinho era Romeu Kerber. Em 1965,
Carlos Frederico Backman e Arnaldo Gromann assumem as atividades. Cinco anos
depois Silas Munis passa a ser o proprietário, mas em 1972, a família de Artur
Beutler adquire o moinho. A administração e todo o trabalho foram divididos
entre os irmãos Vilmar, Ari e Nelson Baungartner Beutler. Três anos após a
aquisição, a família reformou o espaço a fim de proporcionar mais conforto aos
clientes.
Infelizmente naquele período a farinha de trigo não pode
mais ser produzida devido ao alto subsídio que o governo federal impôs aos moinhos,
que passaram a comercializar apenas a farinha de milho, canjica, quirera e o
arroz descascado. Atividades de Beutler até hoje.
De acordo com o moleiro, a farinha de milho é produzida num
sistema de moagem á pedra, o que confere melhor qualidade ao produto, “por este
motivo a procura é grande, pessoas de toda a região adquirem nossa produção”,
relata.
Segundo o proprietário o moinho Beutler, fornece seus
produtos para os programas Fome Zero e Merenda Escolar do governo federal, nos municípios
de Três Palmeiras e Trindade Do Sul.
O sonho de Beutler é ampliar as instalações e poder fornecer
produtos para os supermercados, “a vigilância sanitária marcou uma visita ao
meu estabelecimento e a partir das exigências poderei pensar na possibilidade
de ampliação do local, as mudanças sempre vem para melhorar o atendimento aos clientes”
enfatiza.
Para Beutler, os alimentos comercializados no moinho são
mais saudáveis que os industrializados, “são produtos naturais, não têm
conservantes e por isso as pessoas não deixam de procurar”, afirma.
Dificuldades e avanços da profissão
As dificuldades com a profissão, segundo o moleiro giram em
torno da margem de lucro, “o custo com eletricidade é alto, os impostos e as
exigências sanitárias são minhas maiores dificuldades”, expõe e acrescenta, “a
satisfação profissional está em poder oferecer um produto de qualidade”. “Me
sinto feliz e realizado no que eu faço, meus irmãos desistiram, mas eu
continuei e não pretendo mudar de profissão”, afirma.
Apoio da comunidade
Manter o moinho por tantos anos em plena atividade, segundo
Beutler, se deve ao apoio que sempre recebeu da comunidade e dos amigos, que o
visitam não só para adquirir os produtos, mas para algumas horas de boa conversa,
“mantemos um ambiente de camaradagem entre vizinhos e amigos”, conclui o
moleiro.
Fonte:Jornal Visão Rural
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