quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Moinho Colonial Beutler



Atividade comercial que perdura há décadas
A atividade comercial dos moinhos e dos moleiros perdura há décadas. Quem nos conta um pouco desta história é Vilmar Baungartner Beutler, atual proprietário do Moinho Colonial Beutler que desde a década de 60, mantém o sistema de moagem de milho e trigo para farinha.
Nesta época Linha Progresso, hoje distrito de Três Palmeiras, pertencia a Sarandi e o responsável pelo moinho era Romeu Kerber. Em 1965, Carlos Frederico Backman e Arnaldo Gromann assumem as atividades. Cinco anos depois Silas Munis passa a ser o proprietário, mas em 1972, a família de Artur Beutler adquire o moinho. A administração e todo o trabalho foram divididos entre os irmãos Vilmar, Ari e Nelson Baungartner Beutler. Três anos após a aquisição, a família reformou o espaço a fim de proporcionar mais conforto aos clientes.
Infelizmente naquele período a farinha de trigo não pode mais ser produzida devido ao alto subsídio que o governo federal impôs aos moinhos, que passaram a comercializar apenas a farinha de milho, canjica, quirera e o arroz descascado. Atividades de Beutler até hoje.
De acordo com o moleiro, a farinha de milho é produzida num sistema de moagem á pedra, o que confere melhor qualidade ao produto, “por este motivo a procura é grande, pessoas de toda a região adquirem nossa produção”, relata.
Segundo o proprietário o moinho Beutler, fornece seus produtos para os programas Fome Zero e Merenda Escolar do governo federal, nos municípios de Três Palmeiras e Trindade Do Sul.
O sonho de Beutler é ampliar as instalações e poder fornecer produtos para os supermercados, “a vigilância sanitária marcou uma visita ao meu estabelecimento e a partir das exigências poderei pensar na possibilidade de ampliação do local, as mudanças sempre vem para melhorar o atendimento aos clientes” enfatiza.
Para Beutler, os alimentos comercializados no moinho são mais saudáveis que os industrializados, “são produtos naturais, não têm conservantes e por isso as pessoas não deixam de procurar”, afirma.
Dificuldades e avanços da profissão
As dificuldades com a profissão, segundo o moleiro giram em torno da margem de lucro, “o custo com eletricidade é alto, os impostos e as exigências sanitárias são minhas maiores dificuldades”, expõe e acrescenta, “a satisfação profissional está em poder oferecer um produto de qualidade”. “Me sinto feliz e realizado no que eu faço, meus irmãos desistiram, mas eu continuei e não pretendo mudar de profissão”, afirma.
Apoio da comunidade
Manter o moinho por tantos anos em plena atividade, segundo Beutler, se deve ao apoio que sempre recebeu da comunidade e dos amigos, que o visitam não só para adquirir os produtos, mas para algumas horas de boa conversa, “mantemos um ambiente de camaradagem entre vizinhos e amigos”, conclui o moleiro.

 Fonte:Jornal Visão Rural

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