quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Origem da Semana Farroupilha.

Há 62 anos, à meia noite do dia 7 de setembro de 1947, antes do Fogo da Pátria ser extinto, Paixão Côrtes, Cyro Ferreira, Antônio Siqueira, Orlando Degrazia, Fernando Vieira, Cyro Costa, Cilço Campos e João Vieira, compunham “Os oito bombachudos”, como viriam a ficar conhecidos. Eles capturaram uma fagulha da chama da Pira da Pátria utilizando um cabo de vassoura com trapos enrolados na ponta e transladaram esta fagulha a cavalo até o saguão do colégio Júlio de Castilhos, situado na cidade de Porto Alegre, onde esta permaneceu acesa em um candeeiro crioulo até o dia 20 de setembro em homenagem a os líderes farroupilhas. Estava então formada a 1ª Ronda Crioula da História. Durante esta ronda foram realizadas muitas atividades artístico-culturais com apresentações de gaiteiros, declamadores, dançarinos etc. Participaram da festividade Luiz Carlos Barbosa Lessa e Glaucos Saraiva. E para encerrar a 1ª Ronda Crioula, foi realizado o 1° Baile Gauchesco da história, o popular Fandango, no Teresópolis Tênis Clube de Porto Alegre, que contou com churrasco, pastel de carreira, café de chaleira, hora de artes e concursos de trajes gaúchos, que hoje são popularmente conhecidos por pilchas.

   Com o transcorrer do tempo, as comemorações da Ronda Crioula tornaram-se a Semana Farroupilha que em seu começo era distinta de hoje. Não tratava-se de uma festa com fins comerciais, e sim culturais. Cada piquete tradicionalista realizava a sua comemoração e no dia 20 reuniam-se todos em desfile.

    A Chama Crioula é considerada o fogo símbolo da fraternidade, ardor, paixão, hospitalidade e coragem. Representa o gaúcho idealizado no espírito heroico dos Farroupilhas, como ideais de justiça e liberdade, visando à aproximação dos povos.

   Barbosa Lessa e Paixão Cortes são as figuras mais representativas da cultura gaúcha, à sua época perceberam que nossa cultura estava se esvaindo, sendo aculturada. Dispuseram-se então a ir à campo pesquisar e restaurar nossas tradições. A cena do primeiro parágrafo, dos “Oito bombachudos”, não narra que, no trajeto até o colégio eles foram insultados e reprimidos pelos transeuntes que desprezavam o tradicionalismo. A perda dos valores culturais típicos do Rio Grande do Sul era tamanha, que se podia ser agredido caso se andasse pilchado na Rua da Praia. Talvez, se estes dois nomes, sobretudo, não tivessem se esforçado em reavivar a chama do tradicionalismo no coração dos gaúchos, em resgatar nossa cultura, fossemos hoje um povo alienado, sem fibra, influenciado pelos modismos meramente, afinal, como diz o Hino Rio-grandense: “Povo que não tem virtude acaba por ser escravo”.

Fonte:Diálogo Livre
Postado por:Elisete Bohrer

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