Um ano após as reformas econômicas terem sido colocadas em prática, a economia brasileira parece ter superado a mais dura recessão da história. Dados divulgados nesta segunda-feira (15) mostram uma reação da atividade econômica e indicam que o País ainda tem muito potencial de crescimento.
Nos primeiros três meses do ano, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), conhecido como uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), acumulou alta de 1,12% em comparação com o trimestre anterior, na série ajustada. O dado é medido pelo próprio Banco Central e serve como parâmetro para avaliar o comportamento da economia brasileira.
Em relação ao primeiro trimestre do ano passado, o indicador avançou 0,29% e, apesar de uma retração em março, superou o mesmo mês do ano passado, avançando 1,05% na série livre de ajustes. O resultado reforça a previsão da equipe econômica, que vem afirmando que a economia brasileira voltará a crescer ainda no primeiro semestre deste ano.
Futuro promissor
Ao mesmo tempo, os economistas do mercado financeiro passaram a apostar numa melhora geral dos indicadores econômicos. Agora, os especialistas esperam que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 0,50% neste ano, ante projeção anterior de 0,47%, e 2,50% em 2018. As informações fazem parte do Boletim Focus, uma publicação semanal que reúne as projeções de cerca de 100 analistas divulgada pelo Banco Central.
Há um ano, as reformas econômicas foram propostas para corrigir os rumos da economia que, na ocasião, sofria de uma combinação perversa de crescimento baixo, inflação alta e juros galopantes.
Segundo avaliação do mercado financeiro, o País parece ter abandonado esse cenário. Nesta semana, os analistas reduziram novamente as expectativas de inflação. Agora, a aposta é de que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerre o ano em 3,93%, ante projeção de 4,01%, e fique em 4,36% em 2018.
Esse cenário parece mais factível ainda se levar em conta que, nos últimos 12 meses encerrados em março, o IPCA desceu de 4,57% para 4,08%, ficando abaixo do centro da meta perseguida pelo Banco Central, de 4,5%. Essa foi a primeira vez que isso aconteceu nos últimos dez anos.
Diante da desaceleração nos preços, os analistas mantiveram um horizonte favorável para a taxa básica de juros, a Selic. Para este ano, a estimativa para os juros ficou estável em 8,50% ao ano, sendo que, em 2018, a previsão é a mesma. Hoje, a Selic está em 11,25% ao ano.
Portal Brasil, com informações do Banco Central
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