Com uma expectativa de economia de R$ 7 bilhões em quatro meses, o horário de verão começa à 0h do próximo domingo, quando os relógios nas Regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste deverão ser adiantados em uma hora. De acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME), a mudança de horário até a meia-noite do dia 21 de fevereiro de 2016 nesses nove Estados mais o Distrito Federal reduzirá a demanda em aproximadamente 2.610 megawatts (MW).
O horário diferenciado tem sido adotado no País desde o fim de 1931, com apenas alguns intervalos sem aplicação. Nos últimos dez anos, a medida tem possibilitado uma redução média de 4,5% na demanda por energia no horário de pico e de 0,5% no total do Sistema Interligado Nacional (SIN). Essa economia é equivalente ao consumo mensal do Distrito Federal, que tem 2,8 milhões de habitantes.
"Dezenas de países no mundo adotam o horário de verão com o objetivo de se obter uma economia na ponta. Com o aumento da claridade, pode-se ter uma redução do consumo", afirmou o secretário-executivo do MME, Luiz Eduardo Barata. "Realmente é um benefício para o País e para o setor elétrico, porque isso significa uma economia nos investimentos em novas fontes de geração. Deixaremos de gastar R$ 7 bilhões", completou.
De acordo com ele, a previsão de economia feita pelo governo já leva em consideração a redução de consumo de energia decorrente da redução da atividade econômica no País em 2015. Barata avaliou também que a medida não tem importância maior este ano devido à estiagem e a baixa dos reservatórios das usinas hidrelétricas. "Os benefícios da medida são importantes, mas poderíamos operar o sistema sem o horário de verão", completou.
Para o ministério, além da economia proporcionada pela redução de demanda no horário de ponta, o horário de verão possibilita uma maior segurança operacional da rede de transmissão, com maior flexibilidade para a realização de manutenções. A mudança de horário também possibilitaria a redução de cortes de carga em situações de emergência durante esse período.
O horário de verão é mais eficaz nos Estados mais distantes da Linha do Equador, onde há uma diferença mais significativa na luminosidade durante a estação. Por isso, a medida não é mais aplicada nas Regiões Norte e Nordeste do País. Segundo o MME, nas vezes em que esses Estados adotaram o horário diferenciado, a economia de energia não foi significativa.
Foto:Bernardo Bercht / Especial / CP Memória
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Postagem: Elisete Bohrer
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