quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Cruz Alta - Alunos de escola serão transferidos em razão do mormo

Dois cavalos de uma propriedade foram diagnosticados com a doença. Transferência de estudantes do 1º ao 9º ano seguirá até o fim do ano letivo.
Cerca de 100 alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Doutor Álvaro Ferreira Leite, em Cruz Alta, no na Região Noroeste do Rio Grande do Sul, serão transferidos, a partir de segunda-feira (16), para outro colégio. A mudança é uma medida de prevenção, pois dois cavalos de uma propriedade que fica em frente à instituição foram diagnosticados com a doença do mormo.
De acordo com a Secretaria Municipal de Educação de Cruz Alta, o transporte dos alunos será feito pela prefeitura. Eles passarão a estudar na Escola Estadual Margarida Pardelhas. A distância entre as duas é de cerca de dois quilômetros e meio.
Serão transferidos apenas os estudantes do 1º ao 9º anos, que vão usar um andar que estava desocupado na Margarida Pardelhas. As crianças da Educação Infantil serão dispensados. A mudança seguirá até o fim do ano letivo, daqui a 34 dias.

Cavalos foram examinados
Os veterinários enfrentaram resistência por parte do proprietário, mas depois de muita conversa conseguiram entrar no local. Dois exames deram positivo e outros sete tiveram resultado inconclusivo.
Agora, para comprovar a doença, os inspetores esperam o resultado do teste da maleína, que deve ficar pronto na sexta-feira (13).

A doença
O mormo é uma doença infecciosa que não tem tratamento e pode atingir equinos e humanos. Quando infectado, o cavalo precisa ser sacrificado e cremado. A doença é transmitida pelo contato com o material infectante, tanto diretamente com secreções do doente, quanto indiretamente por meio de bebedouros, comedouros ou equipamentos contaminados.
Em humanos, a doença normalmente se manifesta em até 14 dias. A contaminação acontece pelo contato com animais doentes, fômites contaminados, tecidos ou culturas bacterianas em laboratórios. Os sintomas são febre, lesões com pus, edema de septo nasal, pneumonia e abscessos em diversas partes do corpo. A doença é de difícil tratamento e quase sempre fatal.
No Rio Grande do Sul, o risco de contágio do mormo levou pelo menos 118 prefeituras a cancelarem os desfiles farroupilhas em 2015, segundo levantamento divulgado pela Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs).
Fonte: G1/RS
Postado por: Claudinara Glienke

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