O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) apresentou 18 denúncias relativas à Operação Leite Compen$ado, sobre fraudes na produção e distribuição do laticínio no Estado. Foram 12 denunciados pela fase sete da operação e outros seis pela oitava etapa, conforme nota divulgada na segunda-feira.
As denúncias, assinadas pelo Promotor de Justiça Mauro Rockenbach, foram oferecidas à Justiça das Comarcas de Erechim e Getúlio Vargas, da Promotoria de Justiça Especializada Criminal.
Em relação à Operação Leite Compen$ado 7, foram detectados dois núcleos da fraude. Um deles é compreendido entre maio de 2014 e maio de 2015. Conforme as investigações, A gerente e administradora da empresa Vendrúsculo e Cia. Ltda, junto a um grupo de três denunciados adulteravam, falsificavam, corrompiam (na localidade de Mariano Moro) e transportavam o leite fraudado até o posto de resfriamento Rempel & Coghetto Ltda. Lá, o proprietário recebia o produto, com auxílio de duas laboratoristas, que não realizavam as análises adequadas para atestar os parâmetros de controle de qualidade de matéria-prima, sob o amparo da laborista chefe.
Neste mesmo período, outro grupo também encaminhava leite adulterado para a Rempel & Coghetto Ltda, formado por cinco investigados, na condição de proprietários da empresa Transportes de Cargas Pogorzelski Ltda, do município de Floriano Peixoto. Eles seriam os mentores do esquema criminoso e chefiavam dois motoristas que participavam ativamente do crime ao adulterar, falsificar, corromper e transportar leite até a Rempel & Coghetto Ltda.
Sobre a Leite Compen$ado 8, mais seis pessoas foram denunciadas. Foram apontados como responsáveis por adulteração no leite encaminhado para a Cooperativa de Pequenos Agropecuaristas de Campinas do Sul (Coopasul). De acordo com as investigações, entre os dias 9 e 11 de março de 2015, no município de Ponte Preta, alteraram leite in natura mediante a adição de água e de algum soluto para aumentar o volume da carga.
Por sua vez, o Presidente da Coopasul, junto aos responsáveis pelo laboratório da empresa recebeu a substância alimentícia adulterada, corrompida e falsificada, destinada a consumo humano, mantendo-a, em depósito para vender.
Fonte:Correio do Povo
Postado por:Elisete Bohrer
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