Protesto ocorreu no Parque da Redenção, em Porto Alegre
Mais de mil pessoas com cartazes e faixas pediram neste domingo igualdade
de gêneros e o fim da violência contra a mulher em Porto Alegre,
durante a Marcha das Vadias. Muitos tiraram parte da roupa no Parque da
Redenção e escreveram frases no corpo para sinalizar a liberdade de
expressão. “Estupro não tem justificativa”, dizia uma das mensagens,
uma resposta ao resultado da pesquisa do Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea), a qual constatou que 26% dos brasileiros
consideram que mulheres que mostram o corpo merecem ser atacadas.
O
dado inicialmente foi divulgado errado como sendo 65% os que
concordavam totalmente ou parcialmente com a afirmação. Apesar de ter
sido revisado, o índice ainda é alto, conforme uma das coordenadoras do
movimento, Fabiana Lontra. “Temos que defender assuntos que
aparentemente são óbvios, como ter medo de sair na rua com a roupa que
eu quero”, disse. Na opinião dela, a Marcha dá visibilidade para a
defesa do feminismo e a luta contra o machismo.
O grupo chamou a
atenção dos frequentadores do parque, gritando palavras de ordem e
músicas com letras contra o machismo. A manifestação começou no
Monumento ao Expedicionário, na rua José Bonifácio, e contornou o
espelho d’água, indo até a avenida João Pessoa, onde o trânsito foi
trancado. As mulheres e homens ainda andaram até a avenida Ipiranga,
complicando o fluxo de carros. “Desculpe o transtorno. Estamos lutando
pelos diretos das mulheres”, estava escrito em uma das faixas. Além de
mulheres de todas as idades e de diferentes profissões, homens também
se juntaram ao movimento para apoiar a causa. Alguns até tiraram a
roupa e se vestiram com figurino feminino para protestar.
Fonte: Karina Reif / Correio do Povo
segunda-feira, 28 de abril de 2014
Porto Alegre - Marcha das Vadias pede igualdade e fim da violência
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