Medicamentos similares vão ser mais uma opção aos medicamentos de
referência ou de marca, como já ocorre com os medicamentos genéricos. O
anúncio foi feito hoje (16) pela Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa).
Isso significa que uma mesma prescrição médica, que atualmente
permite a compra de um remédio de marca ou de um genérico, vai permitir
também a compra do remédio similar, que contém os mesmos princípios
ativos, a mesma concentração e a mesma posologia que o de referência.
A proposta consta em consulta pública a ser lançada amanhã (17) pela
própria agência, por um período de 30 dias, e deve ampliar a oferta de
produtos a preços mais baratos para o consumidor. Ainda de acordo com o
texto, os medicamentos similares deverão incluir em suas embalagens o
símbolo EQ, que significa equivalente.
O diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, destacou que a
equivalência dos medicamentos similares só foi possível depois que a
categoria conseguiu comprovar a mesma função terapêutica dos produtos de
marca.
Em 2003, a agência publicou resolução que determinou prazo de dez
anos para a adequação e a apresentação de testes de equivalência
farmacêutica, que comprovam que o remédio similar tem o mesmo
comportamento no organismo e as mesmas características de qualidade do
remédio de marca.
Para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a decisão de incorporar
os medicamentos similares como uma nova opção de compra representa mais
um passo em uma política que busca ampliar o acesso da população a
remédios de qualidade.
Ele garantiu que vai defender, na Câmara de Medicamentos, que as
mesmas regras adotadas para remédios genéricos passem a valer para os
similares – incluindo uma redução de, pelo menos, 35% no preço em
relação aos de marca.
“O Brasil se consolida, cada vez mais, como uma indústria que começa
a crescer na produção nacional de medicamentos sem abrir mão da
qualidade”, disse. “É um passo importante para a qualidade, para dar
mais opções ao cidadão e, com isso, reduzir os preços e os custos do
remédio para a população”, concluiu.
Dados da pasta indicam que, em 2012, em quantidade comercializada,
os medicamentos similares representaram 24,8% do mercado nacional. Os
genéricos ficaram com 37,1% e os de referência, com 23,2%.
Fonte: Paula Laboissière/Agência Brasil
Postado por:Elisete Bohrer
quinta-feira, 16 de janeiro de 2014
Brasileiros terão mais opções na compra de medicamentos, anuncia Anvisa
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