Estudo publicado na revista “Proceedings” da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos conclui que a cabaça ou porongo (Lagenaria siceraria),
planta usada para fazer a cuia de chimarrão, entre outros tipos de
recipientes, provavelmente chegou à América flutuando pelo Oceano
Atlântico, oriunda da África.
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores, liderados por Beth
Shapiro, da Universidade da Califórnia, analisaram o DNA de diversas
amostras antigas e atuais da planta, de diferentes pontos do planeta.
Eles notaram que, geneticamente, a cabaça americana é muito mais
semelhante à africana que à asiática.
A teoria anterior a respeito da cabaça era de que ela surgiu na
África e foi se espalhando primeiro pela Ásia, para então chegar ao
continente americano pelo Estreito de Bering, na região ártica. No
entanto, seria necessário que ela resistisse a um clima muito frio para
que isso fosse possível, e a planta é adaptada a zonas tropicais.
Modelos de correntes marítimas indicam que cabaças selvagens
africanas podem ter simplesmente boiado no Atlântico, chegando à costa
oriental das Américas e se espalhando pelo novo continente com a ajuda
de animais que se alimentavam de suas sementes. Os antigos habitantes
americanos então teriam domesticado a planta em diferentes lugares.
As cabaças já eram usadas para transporte de líquidos e alimentos há
cerca de 11 mil anos na Ásia e 10 mil anos na América – muito antes da
chegda dos colonizadores europeus, portanto. (Fonte: G1)
terça-feira, 4 de março de 2014
Planta da cuia de chimarrão veio boiando da África, aponta estudo
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